O relógio já tinha sido apresentado na CES em janeiro, mas voltou a estar em destaque esta semana no MWC, onde o design que conjuga a aparência tradicional com a “modernidade” da ligação ao telemóvel para fornecer informação e alertas, chamou a atenção.

A verdade é que os wearables – ou dispositivos de “vestir” foram em muitos casos os principais alvos da curiosidade dos milhares de pessoas que passaram pela feira em Barcelona. Parece que ninguém ainda acertou com o “modelo” certo mas a tendência para juntar o conceito tradicional de relógio com as novas funcionalidades parece ir no caminho certo.

E é isso mesmo que a Alcatel OneTouch faz com o Watch, que deverá chegar a Portugal no final de Abril. Os materiais cromados e as pulseiras em resina e em aço inoxidável permitiriam exibir o relógio em qualquer joalharia, mas por detrás do ecrã de ponteiros que simula o aspecto “normal” está a inteligência dos alertas, e a capacidade de recolher informação sobre atividade do utilizador e o ritmo cardíaco.

No meio da aceleração da exposição não é fácil perceber se as medições são fiéis, um problema que tem afetado muitos destes dispositivos, mas pelo menos em termos de funcionalidade do equipamento é fácil validar que o interface é fluido e informativo, e que responde às principais exigências dos utilizadores destes dispositivos.

O Watch permite controlar os ciclos de sono, distâncias percorridas, passos e calorias consumidas, A ligação aos smartphones Android e iOS permitem aceder a toda a informação mais detalhada, e o relógio serve ainda para ativar a música no telemóvel, e controlar a captura de fotografias.

Há as notificações de chamadas, atualizações das redes sociais e uma funcionalidade de localização do telemóvel – quando se afasta demasiado o relógio vibra.

O sistema operativo não é o Android Wear mas uma solução da Alcatel OneTouch e nestas primeiras impressões a única coisa de que sentimos falta foi do controle de voz, que não existe neste modelo.

Outro ponto negativo é a existência de uma zona branca na base do ecrã do telemóvel, que serve como botão Home, mas cujo design poderia estar mais integrado com o resto do relógio.

A nível de autonomia a empresa integrou uma bateria 210mAh, o que lhe permitirá resistir até dois dias sem carregamento, mas a integração da ligação USB na pulseira também simplifica esta tarefa, dispensando os cabos e acessórios para recarregar, que se tornam demasiado intrusivos.

O Watch promete agradar às meninas e aos meninos, estando prevista a disponibilização em branco e preto, mas o preço é o seu principal fator de distinção: vai custar cerca de 130 euros.

Veja aqui as novidades que foram apresentadas no MWC15.

Fátima Caçador


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico