Ecrãs curvos, hoje praticamente sempre acima das 24 polegadas de diagonal, e com a resolução Ultra HD a ser a norma, superando o Full HD que agora já é um requisito mínimo. Estas são as premissas que dão origem aos monitores pensados para um uso doméstico, para reprodução de filmes e jogos. Mas há outras.
Há designs avançados, belos e ergonómicos, suportes que permitem dividir o ecrã em várias partes, sistemas que reduzem o efeito de cintilação normal nos monitores, funções que reduzem a intensidade da luz azul normalmente debitada pelos ecrãs LED, sensores que ajustam a quantidade de luz das imagens à iluminação registada na sala no momento…
São tantas as tecnologias que nos auxiliam na hora de olhar para o monitor, seja para ver filmes, jogar, estudar, navegar na web ou trabalhar que podemos ficar descansados, de certa forma: independentemente da marca e da forma física que o nosso próximo monitor apresentar, vamos estar bem assistidos e providos de qualidade de imagem.
Mas há tecnologias mais inovadoras e úteis que outras, sendo que, em termos de especificações, são os modelos mais apontados aos jogos que reúnem mais funcionalidades extra e especificações como 1ms de tempo de resposta ou 240 Hz de taxa de atualização do ecrã. Mas e se fosse o seu olhar a dar uma ajuda…?
Olhos mostram o “caminho”
Entre essas referidas tecnologias, há uma que se revela bastante interessante e que dá sem dúvida muito jeito entre os jogadores. Estamos a falar da tecnologia Tobii de eye tracking, que faz com que um ecrã seja capaz de detetar para onde está o olhar humano a apontar, ajudando assim a executar várias tarefas.
Graças a sensores e a software integrados, podemos assim, por exemplo, usar os olhos para “informar” um jogo do tipo shooter para onde queremos apontar a mira que normalmente controlamos com o rato!
Por outro lado, várias são as marcas que também nos monitores ostentam as maravilhas da tecnologia Quantum Dot, prometendo cores mais precisas. Ora, estes quantum dots, normalmente com 2 a 10 nanómetros, quando expostos à luz azul libertada pelas luzes LED, são capazes de converter parte da luz recebida para verde e vermelho, as outras duas cores da norma RGB.
As marcas garantem então que é possível obter cores até 30% mais vivas e fidedignas, ao mesmo tempo que estes ecrãs podem ser capazes de economizar energia, visto que apenas parte do painel LED é iluminado e não a sua totalidade. Em teoria parece funcionar, na prática é preciso testar e comparar com exatidão e usando condições e conteúdos distintos, certo?
Contra os “contratempos”
Denominamos aqui como “contratempos” alguns problemas de reprodução de imagem nos jogos e nos filmes que podem ser notados quando usar um monitor juntamente com um PC, principalmente numa “era” em que os utilizadores procuram bons tempos de resposta e taxas de atualização de ecrã bastante elevadas.
Exemplos? Talvez um dos mais flagrantes seja o tearing, um fenómeno que “teima” em apresentar no ecrã mais do que um frame em simultâneo. Isto traduz-se visualmente numa espécie de “escadinha” em que a imagem não bate certo, por assim dizer, e é causado sempre que há falhas de sincronização entre o que a placa gráfica debita e o que o ecrã é capaz de mostrar. E isto pode acontecer mesmo quando existe fisicamente suporte de ambos os lados…
Neste sentido, há uma tecnologia que tanto a AMD como a Nvidia utilizam, com nomes distintos, para garantir que ambas as partes deste “contrato” estão em sintonia. É a FreeSync e a G-Sync, respetivamente, sendo que muitos são os monitores que estão preparados para funcionar com estas tecnologias, como podem ver pelos modelos que compõem a galeria acima.
O problema aqui é que um monitor que anuncie suporte para a tecnologia G-Sync da Nvidia poderá não funcionar a 100% com uma placa gráfica produzida pela AMD, e vice-versa. Mas há outras tecnologias que ajudam as experiências com o monitor do seu computador um pouco mais agradáveis…
Sistemas de som e muito mais
Sabemos que são vários os modelos que integram colunas de som, o que faz com que, de certa forma, sejam dispensados eventuais conjuntos de altifalantes 2.0 ou 2.1 no PC, por exemplo. Mas há mais entre os “trunfos” que podem ajudar a que um monitor para assuma funções extra e utilidade adicional.
Um deles é, a título de exemplo, o sistema de carregamento Qi wireless que podemos encontrar no modelo Asus na galeria acima, algo que possibilita a recarga da bateria de dispositivos compatíveis com Qi de forma automática no momento em que estes são colocados na base de carregamento.
Em conclusão, deixamos uma nota importante: para ter acesso a um bom monitor Full HD ou Ultra HD, com um design apelativo e todas estas tecnologias (ou algumas delas), vai ter de abrir um pouco os cordões à bolsa, passamos a expressão, visto que os modelos mais recentes e bem equipados podem mesmo custar mais do que um portátil… Como sempre, é preciso ter noção de que a qualidade – neste caso, as tecnologias e qualidade de reprodução de imagens – paga-se.
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