No segundo “encontro”, o sistema de inteligência artificial da divisão DeepMind da Google e o campeão mundial do jogo de tabuleiro ancestral defrontaram-se durante mais de quatro horas.

Se a primeira vitória do AlphaGo perante Lee Se-dol até podia ter sido considerada sorte, desta vez esse tipo de avaliação faz menos sentido. Até por parte do humano diretamente implicado, que na conferência de imprensa a seguir à partida declarou nem saber muito bem o que dizer.

“Foi uma clara derrota para mim”, referiu. Não houve um único momento, desde início, em que tenha pensado que estava a controlar o jogo”.

Os mentores do sistema por sua vez, não cabiam em si de contentes. O Go é considerado um grande desafio já que o jogo, embora com regras extremamente simples, oferece uma quantidade absurda de possibilidades de movimento – muito maior do que a do xadrez

O tamanho do tabuleiro (19x19 linhas) oferece inúmeras configurações possíveis - diz-se que mais do que os átomos no universo -, fazendo com que a intuição e criatividade também sejam essenciais para ganhar.

"Estamos muito animados com este momento histórico e muito, muito felizes com a maneira como o AlphaGo jogou", disse após o jogo inaugural Demis Hassabis, CEO da DeepMind.

As duas vitórias da inteligência artificial aumentam o suspense face ao que vai acontecer nas restantes três partidas do duelo que acontece até 15 de março – até porque o AlphaGo está a um “brilharete” de ser ele a levar 1 milhão de dólares em jogo para casa.

O próximo e decisivo confronto para o resultado final está marcado para a madrugada do próximo sábado e pode ser visto em direto a partir do canal do YouTube da DeepMind, tal como os seguintes.

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