Uma viagem de trabalho acarreta sempre alguns riscos, muitas vezes invisíveis aos menos experientes, mas penosamente evidentes para quem já viajou meio mundo para fazer uma apresentação, apenas para descobrir que o disco rígido do seu portátil já teve melhores dias ou para quem até tinha ganho aquela conta especial, caso tivesse conseguido uma ligação à internet e deslumbrado o cliente com aqueles dados críticos que ficaram na caixa de correio electrónico.

Acidentes e imprevistos acontecem a todos, mas uma preparação cuidada evita que os mesmos se possam tornar fatais.

A importância dos dados locais deve ser a base para a elaboração de um plano de emergência. Hoje em dia, a maior parte dos consumidores já está atenta para a necessidade de uma cópia de salvaguarda. Um utilizador com necessidade de assegurar a integridade de dados críticos deverá levar as coisas um pouco mais longe.

O ideal será possuir um disco rígido externo contendo uma cópia actualizada de todo o sistema, incluindo as contas pessoais e ficheiros transitórios, da qual seja possível "arrancar" o portátil em caso de falha completa do disco rígido.

Esta solução permitirá manter determinadas definições críticas, como acessos VPN, bem como salvaguardar a totalidade dos conteúdos do computador e tem como mais valia a possibilidade de ser utilizada a qualquer momento, sem grande preparação prévia.

As opções são, neste caso, bastante variadas, mas um disco externo pouco volumoso e sem necessidade de alimentação externa é mais do que suficiente. A Western Digital, por exemplo, comercializa a série My Passport, com capacidades entre os 250 e os 500GB e preços desde os 90 euros até 300 euros.

[caption]My Passport[/caption]

Os dados mais críticos referentes ao objectivo da deslocação deverão ainda ser duplicados numa pen-drive. Esta salvaguarda deverá incluir documentos, tais como ficheiros de texto, imagens, apresentações, etc. que permitam cumprir os objectivos principais da missão. A baixa contínua dos preços da memória Flash permite, actualmente, adquirir uma pen, como esta Lexar JumpDrive FireFly de 4GB, por cerca de 10 euros.

[caption]Lexar JumpDrive FireFly[/caption]

Com a parte crítica assegurada, passemos aos cenários mais frequentes, aqueles que, apesar de não representarem uma situação catastrófica e incontornável, constituem sérios inconvenientes.

No primeiro lugar da lista, no que se refere a deslocações com portáteis, estão as omissões relativas às fontes de energia, incluindo baterias e transformadores de reserva e adaptadores para diferentes tipos de tomadas.

Uma bateria sobressalente permitirá estender ao máximo a autonomia de um portátil e torna-se fulcral em zonas onde não é garantida a presença imediata e acessível de uma tomada.

Já a maior parte dos transformadores actuais são compatíveis com diferentes voltagens (facto sempre sujeito a verificação do próprio equipamento!), bastando adquirir, separadamente, os adaptadores para as variações internacionais das tomadas.

Um transformador é, também, um equipamento altamente sensível, pelo que, sempre numa relação ponderada com o nível crítico da circunstância, poderá ser aconselhável adquirir um elemento de reserva.

[caption]Nome da imagem[/caption]

Os preços destes acessórios são tão variados como o número de fabricantes. A título de exemplo, a bateria, carregador e adaptadores internacionais, para um Apple MacBook Pro, atingem, em conjunto, cerca de 267 euros.

O mesmo equipamento, para um portátil Sony Vaio, totalizará desde 350 euros a 450 euros.

Para além destes existem muitos mais acessórios de conveniência, mais ou menos imprescindíveis, consoante a área do profissional. Um fotógrafo nunca sairá de casa sem um leitor de cartões completo e um apresentador profissional nunca dispensará os mais variados adaptadores vídeo, para ligação a um projector.

Uma decisão ponderada de quais os acessórios a levar em cada deslocação é tão importante como escolher a abordagem certa ao cliente e fazer a mala com a roupa adequada ao local e condições climatéricas para onde se desloca. Por isso, decida você mesmo até que ponto quer "carregar-se" de acessórios, porque todas as decisões vão depois pesar literalmente na mala que vai levar consigo...