Podemos começar por definir rapidamente e sem grandes pormenores técnicos o que são NAS, a designação “oficial” que é dada aos equipamentos de network-attached storage. Exato. Como o próprio nome indica, e numa tradução literal, são dispositivos de armazenamento com propriedade de rede.

Trocado por “miúdos”, os NAS são discos rígidos – unidades de 3,5 polegadas, normalmente – que estão instalados dentro de uma caixa. E esta caixa permite estabelecer uma ligação à rede doméstica ou de um pequeno escritório por Ethernet e/ou por Wi-Fi.

Mais: a dita caixa, com necessidade de alimentação via corrente elétrica, conta ainda com um pequeno processador, uma motherboard e memória de apoio, para que seja possível gerir de forma sustentada os processos de armazenamento e partilha associados.

Ou seja, estes equipamentos fazem o que antigamente era feito por um vulgo computador que adicionávamos a uma rede local para armazenar ficheiros, que estavam assim disponíveis em toda a estrutura. Mas os tempos são agora outros e os NAS abrigam funcionalidades tão variadas quanto úteis.

Funcionais e com bom aspeto

Antes de mais, o design. Estas caixas, como já referimos, assumem um aspeto visual atrativo e adequado às decorações de qualquer ambiente doméstico, tirando alguns modelos mais dirigidos a escritórios de pequenas e médias empresas. Deixamos desde já um reparo: neste artigo visamos modelos de NAS destinados a um uso doméstico.

Assim, quando não daremos pela presença dos mesmos no escritório lá de casa. Até porque são silenciosos q.b. e “arrancam” somente quando for solicitado o seu funcionamento na rede. Além disso, a instalação é quase sempre plug and play, simples e direta, bastando ligar o NAS à corrente elétrica, ao router e começar depois a procura do mesmo em cada equipamento de rede a ligar, normalmente por Wi-Fi.

De seguida podemos configurar tudo e mais alguma coisa através de software de gestão que é acedido via browser e através do IP atribuído ao equipamento no seio da rede doméstica. E os níveis de gestão vão longe, por assim dizer, sendo até possível criar utilizadores e respetivas áreas de armazenamento e partilha com dados de acesso individuais. É o conceito de “nuvem” pessoal de que falaremos mais à frente.

E tudo se passa deste modo, rápido e simples, quando os equipamentos NAS incluem de origem discos rígidos. Há modelos que consistem apenas na estrutura – a caixa – e que obrigam à aquisição das unidades de disco em separado.

Se tem o tempo e know how necessário para pensar numa solução deste género, analise os custos e verifique se compensa comprar os vários elementos em separado; se não os tem, compre um NAS que já traga unidades de disco.

Capacidades e ligações

Os NAS acompanham as tendências dos discos rígidos externos em termos de preços e espaço para armazenamento, sendo que de momento o mais normal é encontrarmos opções a partir de 1 TB.

Por outro lado, praticamente todos os modelos contam com uma ligação Ethernet, visto que é este o modo como se ligam diretamente ao router que recebe sinal de Internet e serve de base à rede doméstica. E com Wi-Fi, obviamente, já que é por este meio que os vários equipamentos presentes na rede irão aceder aos conteúdos armazenados na unidade NAS.

Mas pode contar também com portas USB (servem para ligar outras unidades de armazenamento, que ficam igualmente disponíveis na rede) e com apps móveis para Android e iOS – são estas que auxiliam equipamentos móveis com estes sistemas operativos a terem acesso aos ficheiros no NAS.

Feita a apresentação do equipamento, de uma forma geral, conheça cinco grandes utilidades/funcionalidades associadas aos NAS, dos backups ao streaming multimédia:

 

E, por fim, fique a conhecer nove modelos de NAS que de momento preenchem as prateleiras das lojas da especialidade. Há para todas as necessidades e bolsas: