A Vodafone Portugal (Telecel durante vários anos) assinala hoje o seu 20º aniversário de operações em Portugal.
Foi no dia 18 de Outubro de 1992 que a operadora iniciou operações no país, abrindo a concorrência no mercado de comunicações móveis, até à data dominada pela TMN que se estreou (ainda com outra designação) em 1989.
Em Portugal existiam na altura cerca de 30 mil clientes móveis, ou 0,3% da população. A Vodafone, que se estreou já em GSM, previa na candidatura à licença que o mercado evoluísse para uma penetração de 8% a 15 anos.
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Criada por um conjunto de acionistas nos quais se destacavam o grupo Amorim, o grupo Espírito Santo e a Pacific Telesis (AirTouch, que anos mais tarde viria a ser adquirida pela Vodafone), quando "entrou no ar" a operadora cobria 57% do território nacional, o correspondente da 83% da população, e tinha um plano de investimentos a 15 anos de 500 milhões de euros.
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Ao longo das últimas duas décadas a empresa foi responsável por muitas das inovações introduzidas no mercado móvel português.
A disponibilização do primeiro serviço de apoio ao cliente disponível todos os dias da semana, 24 horas por dia, ou o lançamento exclusivo do Ericsson GH172 - à data considerado um dos primeiros telefones efetivamente móvel - foram alguns exemplos que ficaram para a história logo nesse ano.
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Mais tarde (1997) somaria outros pioneirismos como o facto de ser o primeiro operador a nível mundial a permitir que clientes pré-pagos e sem mensalidade usassem o telemóvel fora do país ou quando, em 2001, foi o primeiro operador europeu a disponibilizar o serviço PBX móvel; ou o acesso a serviços GPRS em roaming...
Avançando, é em 1995 que a Telecel atinge pela primeira vez resultados líquidos positivos. Chega à Madeira (aos Açores chegaria dois anos depois) e alcança uma cobertura de 100% do território nacional.
No mesmo ano a operadora acolhe várias estreias na oferta, em termos de serviços. Lança o serviço móvel de dados e o serviço móvel de fax, mas o mais relevante é mesmo o lançamento do serviço de Mensagens Curtas (SMS), que começou por ficar disponível para os clientes pós-pagos.
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Um ano mais tarde, em 1996, a empresa lança a sua primeira Vitamina. A primeira vez que aplicou o conceito foi para dar nome ao seu serviço pré-pago: Vitamina T.
Nos anos seguintes foi somando Vitaminas à oferta, a K (numa oferta para utilizadores entre os 8 e os 15 anos), a R, também a pensar em públicos mais jovens ou a P (para profissionais são alguns exemplos.
1996 foi também o ano em que a empresa introduziu o serviço Telemultibanco, que permitia a consulta de saldos e movimentos e a realização de transações bancárias a partir do telemóvel. A oferta foi pioneira no mercado português.
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Em 1998 a Vodafone atinge o milhão de clientes (foram precisos seis anos para o primeiro milhão e apenas dois para alcançar o segundo, em 2000) e soma mil trabalhadores. No ano seguinte expande o negócio para a área da Internet, lançando-se como ISP, mas também na área dos conteúdos, com um portal.
Este foi um primeiro passo para a tirar partido do processo de liberalização so sector, em marcha nessa altura. Nos anos seguintes seria consolidado com o lançamento de mais ofertas. Dois anos depois a empresa lançava uma oferta de acesso direto na rede fixa e suportada em tecnologia FWA e outras se seguiriam.
Foi também já no novo milénio que a Vodafone assinou com os dois concorrentes - TMN e Optimus - o acordo que marca o início da interoperabilidade das redes para o envio e receção de SMS, um serviço tão usado hoje que custa a acreditar que já seja produto do novo milénio (dependendo da idade de quem está a imaginar, claro...).
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No mesmo ano nasceu a Yorn (Young Original Network), a primeira marca vocacionada para a "geração multimédia", que acabaria por definir um segmento de mercado que continua a ser motivo de concorrência ativa entre operadores.
Em 2001, já com uma licença 3G ganha, que só produziria uma oferta comercial dois anos mais tarde, a Telecel passa a ser Telecel Vodafone, iniciando um período de transição de marca que ficaria completo no mesmo ano, embora só dois anos mais tarde o grupo britânico - acionista da empresa por via da AirTouch - tenha lançado uma OPA sobre a operadora e adquirido o resto do seu capital.
Nos anos seguintes destaca-se no percurso da operadora (também visível na concorrência) a aposta crescente nos conteúdos móveis. Em 2002 com o lançamento do Vodafone live!, em 2003 estreando a possibilidade de aceder à televisão e a vídeos no telemóvel (a partir de MMS), ou com o lançamento de ofertas como o trânsito em tempo real no telemóvel.
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O Vodafofone live! foi o veículo para a maioria destas inovações, como mostram mais exemplos no ano seguinte. Em 2005 a operadora estreou na plataforma uma oferta de 500 mil títulos musicais, na mesma lógia de diversificar conteúdos em equipamentos que começavam a fazer mais do telefonar e a permitir algumas experiência multimédia.
Em 2005 a Vodafone também testou as chamadas em HSDPA (3,5G) e foi escolhida para acolher o Centro de Excelência do grupo, responsável pela concepção e desenvolvimento de produtos e serviços na área de Comércio e Transações.
Nos anos seguintes, mais fáceis de recuperar na memória, chegou a Mobile TV, a operadora lançou uma oferta de TV por subscrição sobre a rede DSL. Há o 4G, as aplicações móveis, os serviços de localização e a necessidade de uma convergência crescente entre fixo e móvel no mundo das empresas, que continua a resultar em novos serviços cada vez mais exigentes para os operadores. Afinal, longe vão os tempos da penetração móvel abaixo de 1%.
A terminar fica mais uma memória. A campanha que lançou o serviço de apoio ao cliente todos os dias.
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