Um dia tinha de acontecer: pegou no portátil ou no tablet para consultar a sua caixa de e-mails e deparou-se com o browser ativo em páginas menos próprias ou a reproduzir vídeos claramente recomendados apenas para idades bem superiores às que têm os seus filhos. E foram eles os últimos membros da família a utilizarem o equipamento…

Está então na hora de ficar a saber tudo o que há a saber sobre sistemas de controlo parental, visto que o computador, o smartphone e o tablet (e a internet, consequentemente) vão sempre fazer parte do dia a dia das crianças da sua vida.

Aliás, numa altura em que os jovens portugueses são tidos como dos mais mal-comportados no que diz respeito à utilização da Internet e a comportamentos online, chega a hora de manter debaixo de olho tudo o que os mais novos fazem quando têm oportunidade de utilizar as novas tecnologias. Seguir a tendência recente de controlo parental, e até de castigos digitais, é urgente!   

Mas existe forma de controlar, limitar e gerir ao pormenor tudo o que os seus filhos fazem com os equipamentos tecnológicos lá de casa. E algumas das soluções próprias para o efeito já estão incluídas no sistema operativo que usa todos os dias e nem deu conta, outras podem ser adquiridas (ou instaladas gratuitamente) para levar a cabo um tipo de controlo mais “apertado”.

Ou seja, ao instalar programas ou apps próprias, pode ter a sua criança debaixo de olho quando esta está a utilizar o computador ou o seu smartphone. Trata-se de uma forma quase “obrigatória” de proteger os mais novos perante ameaças que surgiram este século através das novas tecnologias e das redes sociais.

Além de soluções “externas”, umas pagas, outras gratuitas – pode ficar a conhecer várias através da galeria acima – vamos então apresentar-lhe de forma resumida e “ligeira” o modo como pode usar alguns dos sistemas operativos instalados nos seus equipamentos para aplicar um controlo parental eficaz.

Controlo parental no iOS

O iPhone e o iPad, “movidos” pelo sistema operativo iOS, são quase “mágicos” para os utilizadores maiores de idade e adultos, quanto mais não serão para eventuais utilizadores mais jovens, crianças incluídas… É por isso que a Apple inclui várias opções de controlo parental nas plataformas que servem de base ao uso dos seus equipamentos móveis.

O exemplo que damos é um dos que podem ser mais normais em ambiente doméstico e familiar, e que passa pela utilização do tablet por parte das crianças e para as mais diversas atividades lúdicas, dos jogos à internet, passando por muitas apps didáticas e de diversão que muitos programadores apontam de forma genial aos mais novos.

No iPad, por exemplo, em Definições encontra um menu repleto de opções que se chama Restrições. Ao ativá-las consegue não só bloquear como também limitar o uso de praticamente tudo o que compõe e está no “interior” do tablet e do sistema operativo.

Pode controlar o acesso ao Game Center, gerir passwords e contas de utilizadores, configurar o modo como podem ser usados (ou não podem ser usados…) recursos como o microfone, as câmaras, o iTunes… Da mesma forma como consegue limitar a execução e instalação de apps, a reprodução de música e vídeo, a visualização de fotografias ou até parâmetros mais particulares com as partilhas por Bluetooth, por exemplo.

Uma boa utilização destas opções faz com que o seu iPad seja uma ferramenta de aprendizagem e desenvolvimento perfeita para a criança, em vez de ser um veículo rápido e eficaz para o que de menos positivo existe na internet e na App Store.

Controlo parental no Windows

Para finalizar, a evolução do sistema de controlo parental do Windows. E refira-se que toda a plataforma do género no Windows 10, juntamente com a sua conta Windows em geral, está num nível impressionante, disponibilizando praticamente todas as opções que fazem falta ao pai ou educador preocupado.

Tudo anda em torno das opções de criação de contas no Windows. Mesmo que o seu filho não tenha um endereço de e-mail, pode criar uma conta local no computador e gerir, controlar e limitar todas as suas ações no sistema operativo e no browser, por exemplo. Pode iniciar o processo de configuração do género indo a Definições, Contas e depois Família e outras pessoas.

É aqui que pode adicionar membros maiores ou menores de idade, bem como aprovar estas admissões ao uso do computador em causa, por assim dizer. Todo o processo e todas as opções são bastante intuitivas e simples de configurar.

Adicionalmente, deve depois explorar ao máximo a área online que a sua conta Microsoft disponibiliza para este tipo de gestão efetuada em conjunto com o Windows. É aqui que encontra tudo: pode ver que dispositivos são usadas, quando, durante quanto tempo… Pode também verificar que sites foram consultados e quanto tempo foi passado no computador.

Tudo em função de cada conta de utilizador previamente criada e que esteja a ser monitorizada por si a partir do sistema operativo. Ao definir limites de utilização, as diversas tarefas e atividades ficam bloqueadas sempre que é alcançado esse patamar e é depois necessária a sua intervenção.

Controlo diário…

Um controlo próximo, sensato e informado é determinante no evitar da má e abusiva utilização do computador, dos jogos e da Internet por parte do seu filho. É para efetivar esse controlo que estas soluções de segurança existem, sendo pagas ou gratuitas, pelo que recomendamos o uso diário das mesmas, obviamente.

Contudo, nunca é demais relembrar que a base de todo o controlo e da forma ajuizada como as crianças podem utilizar os equipamentos tecnológicos das novas gerações passa pela “formação” que lhes damos todos os dias, explicando de forma equilibrada como devem agir.

É possível fazer com que os seus filhos mantenham uma boa “relação digital” com os equipamentos e com as tecnologias que os rodeiam hoje em dia sem recorrer a este tipo de ferramentas. Mas, pelo sim pelo não, usá-las é sempre uma segurança extra. Veja acima alguns programas e serviços que podem dar-lhe uma ajuda…