As conclusões são de um estudo realizado por investigadores do IMDEA Networks Institute que, com base numa ferramenta de análise chamada Lumen, “rastreou” mais de 5.000 aplicações, utilizadas por cerca de 1.600 pessoas.

O maior problema não estará no facto de a aplicação passar informação a um terceiro, mas sim no resultado que mostra que em 15% dos casos, as aplicações partilham dados com cinco ou mais empresas.

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Os resultados do estudo indicam ainda que 25% das aplicações recolhem pelo menos um utilizador único, ou seja informação que permite aos anunciantes segui-lo por entre os diferentes dispositivos usados, por exemplo do seu telefone para o computador.

“Os identificadores únicos são cruciais para os serviços de rastreamento online porque podem recolher diferentes tipos de dados pessoais fornecidos por diferentes aplicações para uma única pessoa ou dispositivo”, apontam os investigadores.

Muitas das vezes são os próprios utilizadores que dão acesso aos seus dados na altura em que instalam as aplicações, uma vez que sem esse acesso a dados pessoais as mesmas não funcionam corretamente.

O IMDEA Networks Institute dá o exemplo das aplicações de mapas, que acabam por aceder à localização dos utilizadores, passando posteriormente esses dados a terceiros, e explica que “o maior perigo está na recolha é relativa a dados confidenciais, que podem ser acedidos, vendidos e cruzados e assim criar o perfil digital completo do utilizador, sem que este se aperceba, uma vez que as permissões que vai dados para acesso aos dados são para aplicações diferentes, nem se apercebendo que os mesmo podem ir parar todos aos mãos de uma ou várias empresas”.

Outro problema está no facto da recolha de dados não estar confinado ao país onde o utilizador se encontra, sendo muitas vezes disponibilizados a empresas com sede em países onde a legislação sobre privacidade não é a mais amiga do cidadão.

O estudo mostrou ainda que até em aplicações dirigidas aos mais novos se verifica o mesmo problema. "Ao testar 111 aplicações para crianças, observámos que 11 delas permitiam o acesso a um identificador exclusivo, como o endereço MAC, do router Wi-Fi ao qual estava ligado, permitindo aceder à localização das crianças".

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