A app é de utilização limitada a utilizadores registados e destina-se ao público interno da Justiça, que dispõe agora de uma aplicação onde é possível reportar problemas e pedir reparação de equipamentos e serviços. A aplicação arrancou esta semana na comarca Lisboa-Oeste, onde decorre o piloto do serviço. Em junho deve alargar-se a todos os tribunais.

O lançamento da aplicação é uma das medidas integradas no projeto Justiça Mais Próxima, anunciado pelo ministério em março deste ano, e mais concretamente da iniciativa Tribunal +, cujo piloto já está a decorrer no Tribunal de Sintra.

A app O meu Tribunal transporta para o telemóvel alguns processos de reporte que antes exigiam o preenchimento de formulários, ofícios e outros processos, ficando agora centralizados numa aplicação que categoriza imediatamente o tipo de problema, se da área de património imobiliário ou tecnologias de informação,  referindo várias classes, como o mobiliário, iluminação ou climatização.

Os registos podem ser apenas de texto ou incluir imagem do equipamento avariado, e são depois encaminhados para um service desk onde 10 pessoas recebem e tratam a informação.

Em entrevista ao TeK Anabela Pedroso, secretária de Estado da Justiça, explica que esta é uma medida de eficiência, que vai simplificar o trabalho dos juízes e dos funcionários judiciais, mas é apenas uma das ferramentas que está a ser preparada neste processo de modernização.

O ministério está também a trabalhar noutras áreas, como a Transcrição Automática, que vai arrancar até final de junho no Tribunal de pequena instância de Lisboa, usando tecnologia da Voice Interaction, o Audimus.Server e o Voxcontrol, e da Microsoft, com o Respeak.

Embora sejam autónomos, os dois projetos têm ligação com todo o projeto de modernização e simplificação que está atualmente a ser testado no projeto Tribunal +, lembra Anabela Pedroso.

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