O iPhone 7 e o iPhone 7 Plus chegaram ao mercado no passado dia 16 de setembro. Sem entrada para auriculares, uma (ou duas) câmara melhorada, um ecrã mais iluminado e um processador de última geração, a Apple apresentou-os, naturalmente, enquanto os melhores telefones que a marca alguma vez produziu.

E são-no, muito provavelmente, no entanto, poucos dias depois do início das vendas, já são várias as queixas que circulam na internet relativamente aos equipamentos.

Uma das primeiras falhas foi apontada pela empresa de reparações iFixit. Num vídeo onde o interior do iPhone 7 Plus é posto a descoberto e onde cada componente é identificado, a empresa destaca um pormenor diretamente no espaço onde antes ficava a entrada para auriculares porque agora fica, aparentemente, nada. "Uma inspeção mais detalhada mostrou-nos uma segunda grelha altifalante inferior que nos leva a...lado nenhum? Interessante", escreve a iFixit num relatório publicado no seu website. Em vídeo a empresa mostra especificamente do que fala. No lado direito do telefone, os buracos do altifalante estão efetivamente ligados a uma caixa de som, já do lado esquerdo, a nova grelha sonora está ligada a um respirador barométrico que é responsável por igualar a pressão da atmosfera no interior do telefone.

Este fim-de-semana vários clientes deram conta de outro fenómeno pouco simpático. De acordo com alguns relatos, o iPhone 7 emite ruídos estranhos e aquece anormalmente cada vez que lhe é pedido mais processamento. O telefone volta ao normal depois de dar por concluídas as tarefas exigidas, mas o volume de queixas já levou a Apple a tomar uma posição sobre o assunto e a aconselhar os consumidores a trocar o equipamento. O problema, pelo menos por enquanto, é que não há stock.

Nesta nova geração há também um novo botão Home que deixou de ser clicável. Agora, neste espaço, há um mecanismo fixo que mantém o sensor de impressões digitais e articula um motor de toque que simula vibrações para clarificar a interação com o smartphone. No entanto, onde a Apple vê avanços tecnológicos, alguns consumidores estão a encontrar regressões. Segundo alguns testemunhos, e ao contrário do que acontecia nas versões anteriores, o sensor não reconhece qualquer toque se houver um tecido a separar o botão e o dedo do utilizador.

Quando comparados com as baterias explosivas do Note 7, estes problemas são claramente menores. No entanto, desde o lançamento do primeiro iPhone que a Apple tem lidado com alguns atritos no arranque das vendas.

Em 2008, quando deu a conhecer o já velhinho iPhone 3Gs, vários consumidores deram conta de que a tampa traseira dos seus equipamentos estaria a rachar mesmo sem qualquer impacto. Em 2010, muitos dos exemplares do iPhone 4 foram vendidos com problemas de receção nas antenas, no ano seguinte, vários 4s apresentavam problemas no ecrã que se acendia num amarelo esbatido. Os segundos modelos da quinta geração, o 5s e o 5c, tinham giroscópios desregulados, o iPhone 6s foi construído com processadores provenientes de diferentes fabricantes dando origem a discrepâncias na performance entre os vários exemplares em loja e, antes disso, o 6, popularizou o chamado bendgate.