A versão desenvolvida com a Porsche Design acabou por ofuscar muitas das funcionalidades do novo Mate 9 “normal” na apresentação que decorreu em Munique, mas ainda antes de termos tempo de fazer os primeiros testes, vale a pena voltar ao tema da câmara fotográfica, que já foi o grande diferenciador no Huawei P9 e que apresenta agora evoluções.

Numa entrevista conjunta com vários jornalistas de meios internacionais, Clement Wong vice presidente de marketing de produto da Huawei e Florian Weiler, da Leica e Manhattan Project Leader, esforçaram-se para responder às principais dúvidas que ainda existem sobre a forma como a parceria está a ser desenvolvida e os resultados obtidos, embora admitam que muitas questões iriam ficar por responder, até porque o roadmap dos novos laboratórios ainda está em desenvolvimento.

A segunda geração da câmara dupla produzida com a Leica tem agora um sensor RGB de 12 megapixeis com uma abertura de F2.2, mas o sensor monocromático é atualizado para os 20 megapixeis, mantendo o mesmo nível de abertura. Mas há mais: as empresas conseguiram optimizar os algoritmos de fusão da imagem e o resultado é mais “o look Leica”, com imagens mais naturais.

“Não é só a lente, o sensor e os algoritmos que fazem a imagem. É uma conjugação de todos […] Tudo tem de fazer parte”, explica Florian Weiler, que destaca o “verdadeiro preto e branco” que se obtém com a nova câmara e os benefícios da melhor captação de luz por não considerar as cores.

E há lugar para melhorias, sobretudo considerando que o espaço num smartphone é escasso para optimização dos sensores. Sim, há, garante Florian Weiler. “Ainda não estamos na melhor optimização dos sensores, há lugar para melhorar nos materiais e na capacidade de captar a luz e as cores, e mesmo técnicas diferentes de calibração e do software”, justifica.

O laboratório de inovação que as duas empresas apresentaram em conjunto está ainda numa fase inicial, e no próximo ano será desenhado um roadmap para os próximos passos, mas a Leica garante que tem sido um processo de aprendizagem nos dois sentidos, que também produz benefícios para a investigação que a empresa continua a fazer na área das câmaras Reflex. Até porque este segmento não está ”morto”.

“Não vemos qualquer conflito no desenvolvimento da fotografia para o smartphone. Não queremos concorrer com as fotografias profissionais e há espaço para ambos. […] Usar um ou outro é uma questão de experiência e de oportunidade, já que o telemóvel pode estar mais facilmente à mão para uma fotografia ocasional”, justifica Clement Wong.

A segunda geração de dupla-câmara integrada no Huawei Mate 9 tem um sensor RGB F2.2/ de 12 megapixéis e um sensor monocromático F2.2 de 20 megapíxeis que otimiza os algoritmos de fusão da imagem que trabalham em conjunto para produzir as imagens com o "look Leica". Combinados com Optical Image Stabilization (OIS) o resultado é também a melhor qualidade de imagem em modo noturno.

O Huawei Mate 9 chega a Portugal em novembro, mas apenas na versão “normal” e não na Porche Edition.

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