Desde o lançamento do iPhone 5s, em 2013, que os sensores de impressões digitais se tornaram numa funcionalidade quase obrigatória nos smartphones topo de gama. A opção começa agora a incorporar gamas mais baixas, e qualquer dia está a figurar como um dos componentes essenciais a ter num telefone, a par das câmaras fotográficas.

Outra das tendências a que é possível assistir na construção destes gadgets, é a aposta cada vez maior que as fabricantes fazem no design dos seus smartphones, o que, por vezes, se torna num obstáculo à necessidade, quase imperativa, que as marcas têm de colocar um sensor de impressões digitais nos telefones.

A nova tecnologia da LG pode vir a resolver este e outros problemas. A empresa sul coreana revelou esta segunda-feira que conseguiu colocar um leitor de impressões digitais mesmo por baixo do vidro frontal do telefone, eliminando a obrigação de o deixar visível, seja no botão principal, na traseira do smartphone ou na lateral, como a Sony fez com o seu Xperia Z5.

Na prática, esta inovação poderá levar os utilizadores a desbloquear o seu telefone em qualquer ponto do ecrã.

Para embutir o dispositivo no vidro, a LG desenvolveu um nano sensor que funciona exatamente como os atuais, mas com a particularidade de ser possível montá-lo num espaço de 0,3 milímetros, tornando-o praticamente invisível.

A empresa sul coreana garante que o sensor é capaz de reproduzir os mesmos níveis de precisão que os sensores atuais e revela que tem uma taxa de falsa aceitação de 0,002% - um valor que indica a probabilidade do sensor aceitar a impressão digital de outra pessoa.

Esta nova peça da LG pode valer vários milhões de euros à fabricante nos próximos anos caso outras empresas falhem em reproduzir o leitor através das suas equipas.

A utilização de leitores de impressões digitais está a aumentar com a articulação da tecnologia com métodos de pagamento, assinatura de contratos e simples log-ins em aplicações que já podem ser validados com os nossos dedos. De acordo com dados da IHS, foram vendidos quase 500 milhões de sensores de impressões digitais em 2015 e, em 2020, espera-se que as unidades vendidas atinjam os 1600 milhões.