Passados 25 anos do lançamento do primeiro PowerBook, a Apple apresentou a sua nova geração de portáteis com uma mão cheia de novidades. O destaque vai para onde os olhos se concentram. Acima do teclado, a tecnológica de Cupertino instalou uma Touch Bar que vai desafiar o mercado a reinventar-se.

A integração desta peça foi feita em detrimento das teclas de função. Aquelas que tão tradicionalmente conhecemos como F1, F2, F3, F4 e por aí adiante, foram subtraídas para dar lugar a uma versão mais modernizada, sensível ao toque e adaptável ao contexto em que está a utilizar o computador. Se estiver a editar uma fototgrafia, por exemplo, a barra ilumina-se com opções de filtro, se estiver a utilizar o email, a barra ilumina-se com opções de organização do mesmo. Apagar, responder, reencaminhar e marcar tornam-se em comandos "físicos" no teclado.

Em determinadas alturas as opções são personalizáveis. Se estiver no desktop sem qualquer programa ou pasta aberta, há funções standard que ficam por ali a flutuar em permanência, no entanto, tendo em conta que nem todos os utilizadores precisam das mesmas funcionalidades, o novo MacBook Pro permite-lhe reorganizar, a gosto, os comandos que ali se dispõem.

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Mas as novidades com esta barra não se esgotam nas funções adaptáveis. Na extremidade direita, a Apple reproduziu uma versão do sensor de impressões digitais que o iPhone popularizou. Não é clicável tal como o resto da barra, mas pode ser utilizado para validar pagamentos com Apple Pay ou desbloquear o computador.

Logo abaixo, o teclado. E aqui há diferenças que são pouco consensuais na sua qualidade. À semelhança do que a Apple fez com o seu MacBook mais recente, este Pro também integra o "butterfly mechanism" que reduz a profundidade das teclas, suprimindo, consequentemente, a sensação de "clicabilidade" das mesmas.

O trackpad foi expandido, mantém o forcetouch e o ecrã, como não poderia deixar de ser, é, nas palavras da empresa, "o melhor ecrã Retina que fizeram até à data".

A estrutura que segura tudo isto no lugar é totalmente construída em alumínio e, felizmente para muitos, não dá por terminada a existência da entrada para auriculares. Por outro lado, dá por terminada a existência do USB-A, o tipo (ainda) mais utilizado. Em substituição, a Apple deu lugar a quatro portas USB-C. Por baixo, de forma a suportar todo o calor gerado pelos componentes que lhe permitem utilizar os melhores programas de edição, há duas ventoinhas a tratar do arrefecimento do equipamento.

Como é costume, a tecnológica vai comercializar várias versões do computador. Uma das primeiras decisões a tomar é acerca do ecrã: 13 ou 15 polegadas.

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De acordo com o site da Apple, o MacBook Pro de 13 polegadas começa nos 1.499 dólares por uma versão sem Touch Bar, processador de 2.0GHz dual-core Intel Core i5 com Turbo Boost que o puxa até 3,1 GHz, 8GB de memória RAM, 256GB SSD de armazenamento interno, Intel Iris Graphics 540 e apenas duas portas USB-C. Por 1.799 dólares a Touch Bar e o Touch ID regressam, ganha mais duas entradas USB-C, o mesmo processador com 2,9GHz e Turbo Boost até 3,3GHz e uma Intel Iris Graphics 550. A versão mais cara de 13 polegadas chega aos 1.999 dólares. Em comparação com a anterior ganha apenas em armazenamento interno, ao invés dos 256GB, este conta com 512GB. Há outra versão, mais capaz, mas não está disponível no site português da empresa: 2.899 dólares, dual core Intel i7 de 3,3GHz, 1TB SSD e 16GB de RAM.

No campo das 15 polegadas as ofertas são naturalmente mais caras e todas integram a Touch Bar. No site, está disponível um modelo de 2.399 dólares e um outro de 2.799 dólares. O primeiro conta com um processador de 2,6GHz quad-core Intel i7 com Turbo Boost até 3,5GHz, 16GB de RAM, 256GB SSD de armazenamento interno e uma gráfica AMD Radeon Pro 450 com 2GB dedicados. O segundo tem melhorias ao nível da gráfica (AMD Radeon Pro 455 com 2GB dedicados), do armazenamento interno (512GB SSD) e processador (2,7GHz quad-core Intel i7 com Turbo Boost até 3,6GHz). Fora de Portugal fica a versão premium de 4.299 dólares que vem com um processador quad-core Intel i7 de 2,9GHz, 2TB SSD de armazenamento interno, 16GB de RAM e uma gráfica com 4GB dedicados AMD Radeon Pro 460.

Mesmo com as melhorias, ambos os equipamentos são mais finos, menos volumosos e mais leves do que os seus equivalentes das gerações anteriores, mas, dado o investimento, valerá a pena trocar?

A resposta, em tecnologia, é transversal a todas as questões de troca e renovação: depende da utilização que lhe dá.

Este é sem dúvida um equipamento melhor e benefecia de toda a inovação que foi sendo implementada no mercado desde a última grande atualização ao MacBook Pro, há nada mais nada menos do que...quatro anos, altura em que a Apple juntou um ecrã Retina à sua linha de portáteis.

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Mesmo em relação aos últimos modelos desta linha, há melhorias substanciais que devem ser assinaladas e que vão para além da incontornável Touch Bar. Num computador que aposta claramente na portabilidade, há que assinalar a diferença nas dimensões. O novo Pro (15 polegadas) é mais leve do que o anterior (2kg contra 1,80kg), 20% menos volumoso e 14% mais fino. O processador é mais rápido, o armazenamento interno máximo cresce 1TB e, ao contrário da versão anterior, os gráficos podem ficar entregues à Radeon, uma empresa especializada no ramo. A bateria ganha uma hora de durabilidade e o ecrã é 67% mais brilhante, apresenta mais cores e tem um rácio de contraste superior.

Por outro lado, há que ter atenção que para um computador que é muito utilizado por criativos, a supressão de elementos como a entrada HDMI, as entradas USB-A e o suporte para cartões de memória pode naturalmente significar um problema que é sempre solucionável com a compra de adaptadores.