"Desde o início que nos opusemos à exigência do FBI sobre construir uma backdoor no iPhone porque acreditámos que era errado e estabeleceria um precedente perigoso. Com a desistência do Governo, nenhuma das duas situações ocorreu. Este caso nem sequer devia ter acontecido”, escreve a Apple.

A tecnológica norte-americana diz que vai continuar empenhada em ajudar as agências nas suas investigações, “como fizemos sempre”, mas também está empenhada em continuar a apostar no reforço da segurança dos seus produtos, “à medida que as ameaças aos nossos dados se tornam mais frequentes e mais sofisticadas”.

Refere “acreditar profundamente” que os cidadãos norte-americanos e do resto do mundo merecem ter os seus dados protegidos, segurança e privacidade. “Sacrificar qualquer um deles coloca as pessoas e os países em grande risco”, sublinha.

A empresa da maçã termina afirmando que o caso lançou preocupações que merecem ser discutidas e diz estar empenhada em participar nesse debate.

O comunicado da Apple surge em reação ao anúncio do FBI de ter desistido oficialmente do processo para tentar obrigar a empresa norte-americana a arranjar forma de aceder aos dados do iPhone de um dos autores do tiroteio de San Bernardino, nos Estados Unidos, que resultou na morte de 14 pessoas.

Na prática, exigia-se à Apple que arranjasse forma de “hackear” o iPhone, desativando o sistema de segurança que leva à eliminação dos dados do telefone se não fosse introduzido o código correto após o número de tentativas previstas.

A marca da maçã reagiu afirmando que algo do género seria “um passo sem precedentes que ameaça a segurança dos nossos clientes”, com “implicações muito para lá do caso legal em jogo”.

Há uns dias atrás começou a surgir o rumor de que o FBI já estaria a contar com a ajuda de terceiros nas suas intenções, tendo inclusive sido suspensa uma audiência no tribunal da Califórnia, com a Apple, por estar a ser testado um método de possível acesso ao iPhone.

A nossa decisão de terminar a litigância deveu-se exclusivamente, com a assistência recente de uma terceira parte, a sermos agora capazes de desbloquear este iPhone sem comprometer qualquer informação no telefone", refere a procuradora Eileen Decker, em comunicado.

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