As autoridades chinesas anunciaram esta sexta-feira o desmantelamento de uma rede de indivíduos que se ocupava com a venda de dados sensíveis extraídos das bases de dados da Apple.

De acordo com o The Wall Street Journal, o grupo era composto por dezenas de colaboradores de empresas que eram contratadas pela Apple, como fornecedores e outras firmas que desenvolviam trabalho para a gigante norte-americana em regime de outsourcing.

As autoridades alegam que os dados comercializados continham nomes reais, números de telefone, Apple IDs, e outros registos de inúmeros utilizadores. As informações foram vendidas em "pacotes" por valores entre os 10 e os 80 yuan (1,30 euros e 10,46 euros). No total, o grupo conseguiu arrecadar cerca de 50 milhões de yuan (6,54 milhões de euros) com o negócio.

A polícia não confirmou se os dados roubados pertenciam apenas a utilizadores locais.

Na China há já vários casos registados de venda ilegítima de dados informáticos e é comum que o roubo destas informações aconteça por intermédio de empresas de outsourcing com acesso às bases de dados da empresa contratante.

Os iPhones têm sido os alvos prediletos, uma vez que os seus utilizadores são socialmente vistos como mais abastados do que aqueles que detêm smartphones mais económicos.