Em janeiro um grupo de investigadores anunciou que encontrou um planeta para lá de Plutão, mas que de anão não teria nada, contrariando a etiqueta colocada a todos os corpos celestes que orbitam a essa distância.

O Planeta Nove, como se convencionou chamar, é 10 vezes maior do que a Terra e estará a entre 20 mil milhões a 100 mil milhões de milhas de distância, para além do cinturão de Kuiper, demorando 10.000 a 20.000 anos a completar uma órbita ao astro rei.

A descoberta na altura era teórica, obtida graças a modelos matemáticos e físicos, com muitas simulações de computador à mistura, e continua a ser, mas agora conta com novas “pistas” para ajudar a comprovar a existência do novo planeta.

De acordo com a equipa de investigadores foram descobertos corpos celestes que, pela sua órbita e localização, parecem estar sob influência de um planeta grande e distante. Desconfia-se que esse planeta possa ser o Planeta Nove.

A nova evidência foi anunciada por Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, na sua conta do Twitter, com base na descrição de um objeto celeste localizado pelo Canada France Hawaii Telescope, do projeto Outer Solar System Origins Survey (OSSOS) sobre a evolução do sistema solar.

O astrónomo mostra um gráfico que aponta as órbitas de vários objetos celestes, incluindo um descoberto mais recentemente (a azul), denominado uo3L91. De acordo com Mike Brown, a trajetória incomum do uo3L91 é compatível com o movimento esperado de um corpo influenciado por um planeta de grandes dimensões - representado no gráfico pelo círculo – como será o Planeta Nove.

O movimento incomum do uo3L91 tinha sido explicado pela astrónoma Michele Bannister, do SETI Institute, uns dias antes, numa apresentação sobre o Sistema Solar.