Chegou ao fim uma das primeiras missões simuladas na versão terrestre do planeta vermelho.

Esta segunda-feira, um ano após terem entrado na cúpula de simulação em Mauna Loa, os seis participantes do projeto HI-SEAS (Hawaii Space Exploration Analog and Simulation) deram por terminada a missão que durante 365 dias os obrigou a viver num ambiente com condições semelhantes às que podem ser encontradas em Marte.

A experiência da Universidade do Havai, apoiada pela NASA, foi conduzida para responder a algumas questões formuladas sobre a hipótese de levar astronautas em missões de longa duração ao planeta vizinho.

De acordo com os especialistas envolvidos na missão, a estadia dos seis astronautas em Mauna Loa mostrou que é possível manter uma equipa produtiva ao mesmo tempo que se organiza nas tarefas de recoleção e se mantém ativamente em contacto com a Terra num ambiente restrito e isolado.

Apesar do ambiente condicionado em que estiveram inseridos, as limitações recriadas ficaram algo aquém do que será o quotidiano em Marte, no entanto, à semelhança do que acontecer(á?)ia no planeta vermelho, os astronautas só podiam abandonar a cúpula de simulação com o fato espacial vestido e alimentaram-se somente de comida em pó e enlatada.

"A investigação que está a ser feita aqui é vital no que toca ao recrutamento de equipas, à descoberta de como é que as pessoas vão trabalhar em missões diferentes e à aferição dos elementos humanos nas viagens espaciais e na colonização", comentou o comandante Carmel Johnston à BBC, acrescentando que a falta de privacidade é um dos maiores desafios com que a equipa se depara neste tipo de testes.

Apesar do sucesso desta missão, que foi a mais longa até à data, a NASA anunciou que tem planos para continuar a experiência até 2019 com, pelo menos, duas novas estadias em Mauna Loa que podem ajudar a agência espacial a alinhavar os detalhes de uma possível missão em Marte.