Apesar dos maiores projetos de mobilidade parecerem apontar para uma outra direção, os carros voadores, que desde há muito são um objetivo declarado da indústria tecnológica, continuam na oficina. Nos últimos anos, muitos protótipos foram apresentados. Elon Musk não acredita que este seja o caminho, mas como muitos outros investidores têm apostado no desenvolvimento de uma versão funcional e pronta a vender, os testes continuam.

Uma das últimas empresas a fazer voar a sua proposta foi a Lilium Aviation. A empresa alemã, baseada na cidade de Munique, conseguiu até atingir um marco importante no desenvolvimento do seu protótipo completando o primeiro voo de teste do seu veículo elétrico de dois lugares que descola e aterra verticalmente.

O modelo é potenciado por 36 propulsores a jato que se estendem ao longo de duas asas com uma envergadura de 10 metros de ponta a ponta. As asas contam ainda com duas abas que controlam a direção do aparelho e permitem a descolagem perpendicular ao solo. Ao todo, a aeronave chega aos 300 quilómetros por hora e pode igualmente percorrer cerca de 300 quilómetros durante um ciclo de bateria, "a mesma que se pode encontrar num Tesla", disse Patrick Nathen, co-fundador da Lilium, em declarações ao The Verge.

Nesta primeira fase, os testes estão a ser conduzidos remotamente sem qualquer piloto a bordo. Embora a segurança seja uma prioridade para a empresa, como atesta Nathan, há um sistema de pilotagem automática em desenvolvimento que deverá integrar a versão final do equipamento. Para os que quiserem tomar as "rédeas" desta máquina, a empresa alemã está também a desenvolver um sistema que vai limitar movimentos pouco seguros aos pilotos, garantindo assim que esta é operacionalizada dentro dos parâmetros de segurança.

Para o futuro há também planos para criar uma versão para cinco passageiros. A ideia é que estes veículos integrem uma rede de transportes ao estilo da Uber, com reservas e pagamentos através do smartphone.

Na visão de Nathan, os carros voadores vão ser um transporte comum e acessível. E em vez dos preços astronómicos que se prevêm para as viagens, o empresário espera atingir tarifas na ordem dos 6 dólares num trajeto que normalmente demoraria 55 minutos para um táxi, entre Manhattan e o aeroporto JFK, por exemplo. Com um carro voador como este, o tempo seria reduzido a 5 minutos apenas.

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