Diz a própria criadora do projeto que o Third Thumb Project se dedica a investigar a relação entre o corpo humano e a forma como as novas tecnologias ajudam a criar próteses médicas mais eficazes e funcionais.

Nesse sentido, e porque “a própria definição do processo remete para acrescentar e não substituir”, lembra Danielle Clode, nasce o Third Thumb propriamente dito, um protótipo de prótese que, como pode ver pelas incríveis imagens abaixo, adicionar um sexto dedo à mão humana.

Impresso com recurso a técnicas de impressão 3D, o Third Thumb é um dispositivo que replica o polegar, o dedo mais dinâmico entre os cinco, do outro lado da mão, por assim dizer, aumentando a quantidade de movimentos e ações possíveis de realizar.

E o mais original é que são os dedos dos pés que permitem ativar os dois motores desta inovadora prótese. Sim, leu bem. Existem dois sensores de pressão que devem ser colocados dentro dos sapatos, por baixo dos dedos dos pés, e que comunicam com o polegar artificial.

Composto por três elementos diferentes, todos impressos a 3D – o módulo para prender no pulso, em resina rígida; o polegar propriamente dito, criado com base num filamento em Ninjaflex; e vários cabos revestidos a teflon –, o Third Thumb causa uma primeira impressão incrível em quem experimenta pela primeira vez a prótese.

No site oficial do projeto, a autora refere que o grande objetivo desta e outras investigações associadas passa por desafiar a actual perceção do desenvolvimento protésico, vendo as próteses como acrescentos ao corpo como o são os óculos ou as alterações feitas pelas cirurgias estéticas. “Ao começarmos a estender as nossas capacidades, encarando as próteses como extensões, estamos a mudar o foco do ‘reparar/arranjar/remediar’ para o ‘acrescentar’”, acredita Danielle Clode.

O Third Thumb ganhou a mais recente edição do Helen Hamlyn Design Awards, um prémio londrino inglês todos os anos aos melhores projetos de design submetidos ao escrutínio dos professores do Royal College of Art, em Londres.