A meca dos videojogos voltou a deixar todos os gamers de água na boca. Nos palcos e recintos de exposição da E3 foram mais de muitos os jogos apresentados e outros, ja não tão recentes, foram até Los Angeles para renovar expectativas e dar a conhecer mais detalhes sobre enredos, jogabilidade e datas de lançamento. 

Apesar da apresentação da nova Xbox One S e do relance que foi feito sobre a Project Scorpio, a consola com capacidade para jogabilidade em 4K da Microsoft, foi com os novos títulos que os fãs fizeram a maior festa. 

Como este ano houve espaço para muitas surpresas positivas, o TeK decidiu trazer-lhe uma seleção de cinco dos melhores jogos apresentados durante a Electronics Entertainment Expo deste ano. Acompanhe este "viagem" pelas próximas páginas.

 

God of War

Tal como o TeK antecipou no início da semana, a PlayStation apresentou um novo jogo de God of War durante esta edição da E3.

O trailer de apresentação deixou um amargo de boca aos mais saudosistas da mitologia grega e confirmou a maior parte dos rumores que circulavam acerca do jogo.

Pela primeira vez, Kratos vai ser protagonista de uma história que se irá desenrolar com base nas "lendas" da mitologia nórdica, vincando uma ruptura com a contextualização mitológica grega que, até agora, tinha servido como enredo a todos os jogos do espartano.

No vídeo, para além de uma componente visual extremamente detalhada, foi possível assistir a uma mão cheia de outras diferenças que fazem prever um jogo diferente dos seus antecessores. Um místico machado gelado substituiu as Blades of Chaos como arma principal, os cenários são mais invernosos e Kratos aparece mais velho, com uma barba a condizer com a idade e um filho pouco ansioso por aprender a lidar com a crueldade da cadeia alimentar.

O jogo não foi apresentado com o "4" que se esperava no fim do seu título, em vez disso, o Santa Monica Studio deu-lhe um nome mais simples que faz adivinhar um novo início na série: simplesmente, God of War.

"Este jogo é sobre o Kratos ensinar o seu filho a ser um deus e o seu filho ensinar-lhe a ser humano novamente", disse Cory Barlog, diretor criativo do jogo em conversa com a IGN.

O espírito de destruição não deixou Kratos, isso fica bem patente com a forma como o personagem trata os inimigos que lhe cruzam o caminho durante estes 10 minutos de apresentação, no entanto, a transição para um mundo novo e a presença de um filho, fruto da relação com uma mulher aparentemente já falecida, podem indicar uma narrativa mais imersiva e sentimental para esta que é uma das séries mais famosas do mundo dos videojogos.

God of War ainda não tem data de lançamento.

 

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Battlefield 1

Battlefield 1 era um dos jogos mais esperados da E3. O trailer que o anunciou, lançado há cerca de um mês atrás, conquistou uma fação de jogadores que há muito mostravam desagrado com a tendência futurista que tem marcado Call of Duty.

A E3 foi um teste de sobrevivência ao hype gerado em volta deste título e Battlefield 1 passou com distinção.

Até Los Angeles, a DICE levou o modo multiplayer que, neste jogo, vai ter capacidade para um máximo de 64 jogadores em simultâneo e foi exatamente com essa quantidade de gente que a empresa quis estrear Battlefield 1.

Através das imagens das partidas que foram disputadas durante a feira é possível ter uma ideia de todo o caos que a interacção entre baionetas, tanques, aviões, granadas, metralhadoras e zeppelins é capaz de criar num cenário de guerra que impressiona pelo detalhe. 

Até à data já existem três modos de jogo confirmados: conquest, um modo multiplayer de grandes dimensões que vai suportar até 64 jogadores em simultâneo; domination, que consiste na conquista de objetivos em pequenas localidades e na predominância do combate corpo-a-corpo; e o modo operations que vai interligar batalhas com base nos seus resultados.

Os mapas disponíveis também receberam um destaque e, por enquanto, são conhecidos quatro: Empire's Edge que tem lugar na costa adriática, St. Quentin Scar, nas trincheiras do norte de França, Monte Grappa, nas cordilheiras alpinas da fronteira entre a Itália e Áustria e Amiens com um cenário francês mais urbano.

O jogo vai ser lançado a 21 de outubro para Xbox One, PS4 e PC. 

 

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Spider-Man

O rumor de que um novo jogo de Spider-Man estava a ser desenvolvido já circulava pela internet há algumas semanas, no entanto, a fraca qualidade dos últimos títulos (Web of Shadows, Edge of Time, The Amazing Spider-Man 2) não ajudou a criar grandes expectativas sobre a hipótese de ser apresentado um novo jogo nesta edição da E3 que acabou por apanhar de surpresa a maior parte das pessoas.

O jogo não foi apresentado com pompa e circunstância e os conteúdos sobre ele não se estenderam para além de um vídeo de apresentação onde muita coisa ficou por contar.

Em conversa com a Associated Press, Ted Price, presidente da Insomniac Games (estúdio que está a desenvolver o jogo, responsável pelos jogos de Ratchet & Clank), disse que o jogo não se vai relacionar com o universo cinematográfico da Marvel.

Peter Phillips, vice-presidente da distribuição digital e interativa da Marvel considera que esta é uma nova abordagem aos videojogos por parte da editora que pode "realmente fazer justiça com este personagem".

O trailer é uma articulação entre cinematográficas e imagens in-game que mostram Spider-Man a balouçar-se pela cidade e em cenas de luta dinamizadas pelos movimentos expansivos da personagem que nunca chegaram a ser bem explorados nos anteriores jogos do herói.

Esta aposta da Marvel e da Insomniac pode concretizar-se na senda do que tem sido feito com Batman através de uma parceria bem sucedida entre a DC e a Rocksteady Studios que deu origem a uma série de jogos (Arkham City, Arkham Knight) muito bem cotados entre a crítica e os fãs.

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Mafia III

Quase um ano depois de ter sido anunciado, o Mafia III foi à E3 desdobrar-se em detalhes, gameplays e conferências que nos deram uma imagem quase completa do que será o terceiro jogo da saga iniciada em 2002.

Mafia III vai passar-se em 1968 na cidade imaginada de New Bordeaux e conta a história de Lincoln Clay, um afro-americano retornado da guerra do Vietname que vai enfrentar a máfia italiana após esta ter dizimado o gang a que pertencia durante a sua ausência. Uma história diferente das anteriores que fica explicada pelo guionista principal do jogo, Bill Harns "Enquanto escritor eu não queria voltar a contar a história de ascensão do maltrapilho a rico ou a história do rapaz que trabalha desde a base até ao topo" disse à GameSpot.

A acção vai desenrolar-se num mundo aberto que o Hangar 13, um dos estúdios por trás deste jogo, promete poder ser manipulado da forma que o jogador entender, conferindo experiências distintas de jogo.

New Bordeaux tem nove distritos com dinâmicas singulares onde se multiplicam os negócios clandestinos e sistemas de lavagem de dinheiro que poderão ser conquistados, um pouco à semelhança do sistema territorial presente em GTA: San Andreas.

De acordo com os criadores do jogo, as razões que vão levar Clay a enveredar nesta perigosa aventura é a necessidade de encontrar um lugar de pertença, uma necessidade enfatizada pelo facto de ser órfão e ter visto todos os seus conhecidos morrer na sua ausência.

Mas Clay não é um exército de um homem só. Durante o jogo, o jogador terá de construir relações de afinidade com outras personagens que acabarão por influenciar a sua vida pessoal e "profissional". Estas relações vão permitir que Lincoln Clay chame reforços para o ajudar em algumas missões, por exemplo.

Outra das possibilidades em Mafia III é a montagem de um sistema de escutas telefónicas nos territórios inimigos que não só vai dar mais informações ao jogador como vai potenciar uma das habilidades de Lincoln: saber a localização exata dos inimigos mesmo quando estes estão escondidos.

Os inúmeros tiroteios presentes em Mafia III vão acontecer principalmente em missões sem um desfecho pré-determinado o que vai tornar as ações do jogador essenciais na definição da história. Os conteúdos vão ser diferentes em cada jogo e vão estar sempre dependentes do espaço, da hora e de como se desenrolou a história até então.

Mafia III vai tem data de lançamento agendada para 7 de outubro deste ano.

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Legend of Zelda: Breath of the Wild

A presença do novo Zelda estava mais do que confirmada para esta edição da E3. E apesar de ter sido o único jogo grande que a Nintendo levou para Los Angeles, a empresa fê-lo com pompa e circunstância, oferecendo horas de gameplay para satisfazer os que mais anseiam pelo lançamento deste novo capítulo.

Entre muitas outras coisas, Legend of Zelda ganhou um subtítulo, Breath of the Wild, um nome que não tem melhor explicação possível do que aquela que os vídeos são capazes de dar.

O jogo vai passar-se num open world que se extende por um mapa 12 vezes maior do aquele em que se desenrolou Twilight Princess. No entanto, neste caso, quantidade pareceu saber coexistir com qualidade. Nos gameplays a que foi possível assistir, observam-se cenários imensamente interativos que vão oferecer aos jogadores mais opções do que aquelas que o tempo lhes vai permitir explorar.

A complexidade do mundo que vai rodear Link durante esta aventura comprova-se em vários aspectos do jogo. Em Breath of the Wild vão existir vários tipos de arma, vai ser possível escalar quase todas as paredes rochosas do jogo, cozinhar alimentos e combiná-los para originar receitas mais consistentes,  planar entre montanhas e vales, vestir vários tipos de roupa (que vão ter de ser adaptadas à temperatura que se faz sentir em Hyrule), explorar mais de uma centena de cavernas e masmorras, cortar árvores, apanhar fruta, fazer fogueiras, andar de jangada e uma infinidade de outras coisas que a demo não mostrou. Aliás, apenas 2% do conteúdo total do jogo estava presente na versão jogável da E3 e elementos importantes para a história como cidades e personagens foram retiradas para evitar spoilers

O objetivo do jogo não foi revelado. Os bosses não foram revelados e não houve missões reveladas. A apresentação do jogo focou-se nas mecânicas biológicas que vão assegurar a sobrevivência de Link num mundo onde os recursos estão disponíveis da mesma forma que no mundo real.

Isto não foi pouco. Estas dinâmicas foram o suficiente para deixar os fãs ansiosos e pertinentes pela forma como não desmascararam o propósito da nova aventura de Link.

Legend of Zelda: Breath of Nature vai chegar em 2017 para Wii U e Nintendo NX. 

 

Estes são os destaques do TeK. Tem outras sugestões sobre jogos interessantes da E3?

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