Ryan Hopkins, um dos 25 engenheiros que aterraram em Lisboa há uma semana para começar a trabalhar na próxima edição do evento, a primeira na capital portuguesa, já explicou online como tem sido a jornada e como trabalha a equipa. Por aí ficou a saber-se que o grupo começou por trabalhar em novas ideias, que ao longo do fim de semana foram amadurecidas e preparadas para serem votadas pelo resto da equipa.

Ao estilo hackathon, escolheram-se os projetos que ocupariam o resto da semana e pôs-se mãos à obra. No diário de bordo Ryan Hopkins, publicado no blog da Web Summit, explica-se que a grande vantagem de passar uma semana a trabalhar na próxima edição da conferência em Lisboa está na oportunidade de contactar diretamente com outras pessoas e outras ideias, o que não seria possível a partir do quartel general da Web Summit na Irlanda.

 

Para fomentar este potencial, ao longo da semana foram promovidos dois eventos de interação com a comunidade local de programadores. O último aconteceu esta quinta-feira no Business Center do Aeroporto de Lisboa. Serviu para a equipa de engenharia se apresentar, mostrar qual o seu papel na organização do evento e que tecnologias usa, mas também teve espaço para algumas talks de programadores nacionais. Nos dias anteriores estiveram abertas as inscrições que permitiram garantir um lugar nestas talks de 5 a 10 minutos.

O evento foi animado com pizzas e cerveja, para quem conseguiu um lugar. Não estivemos lá mas já sabemos que não foram todos os que tentaram, porque a sala foi pequena para acolher todos os que responderam à chamada dos engenheiros da Web Summit. Dois dias antes, a mesma equipa já tinha promovido outro evento em estilo mais informal, com o mesmo propósito de conhecer e trocar ideias como a comunidade de programadores nacional. Aconteceu no Hennessy, um pub no Cais do Sodré.

Ao que é possível apurar nas redes sociais a equipa sai de Lisboa impressionada com a cidade. Publicou entretanto no Facebook fotos e um vídeo onde mostra o Parque das Nações, com destaque para o Meo Arena, que será o palco principal da edição de 2016 da conferência, que também é uma mostra de tecnologia. Foi recolhido durante um passeio de teleférico de dois membros da equipa.

 

Mas também há ideias mais concretas sobre a cidade. Andrew Kenny, outro membro da equipa de engenheiros que passou a semana em Lisboa, escreveu no Twitter que a capital portuguesa está a transformar-se numa das suas cidades favoritas. Paddy Cosgrave, presidente executivo da Web Summit, escreveu esta quinta-feira na página de Facebook do evento que "Lisboa é o paraíso das startups: 60 cêntimos por um café, Wi-Fi gratuito em todo o lado, street art inspiradora, arrendamento barato e ótimos cafés".

A semana da equipa em Lisboa termina com um encontro entre Paddy Cosgrave e o primeiro-ministro António Costa, que aconteceu esta manhã em São Bento.

A Web Summit ruma a Lisboa entre 7 e 10 de novembro. Em cinco anos o evento passou de uma audiência de 400 para 42 mil pessoas e transformou-se num dos acontecimentos mais relevantes a nível mundial na área do empreendedorismo.

No ano passado deu espaço a 33 startups portuguesas, que mostraram as suas ideias a uma audiência recheada de empreendedores, investidores e seguidores atentos do movimento de startups. Em 2016 e até 2018, pelo menos, Lisboa é a nova casa da Web Summit. Além do MEO Arena, o evento acontece na FIL. Estimativas apresentadas quando se soube que Lisboa tinha sido a capital escolhida para levar a conferência para fora da Irlanda indicavam que o evento pode gerar um retorno financeiro de 175 milhões de euros já em 2016. Os cálculos eram do então secretário de Estado Adjunto e da Economia Leonardo Mathias.

  Cristina A. Ferreira