A Lisbon Maker Faire está a tornar-se "mobília da casa" na cena tecnológica portuguesa. Depois de duas edições bem sucedidas, pelas quais passaram cerca de 24 mil pessoas, os 'fazedores' voltam a invadir a capital com conhecimento tecnológico, mecânico, gadgets e muita criatividade.Como "o bom filho à casa torna", o maior espectáculo de "mostra e conta" do mundo volta a realizar-se no Pavilhão do Conhecimento já no próximo fim de semana, entre os dias 25 e 26 de junho.  

Este ano, a Lisbon Maker Faire vai contar com 250 makers e 127 projetos em exposição, que vão da robótica à carpintaria, passando por todas as tendências tecnológicas dos últimos tempos como a IoT, a impressão 3D e projetos de cunho mais artístico que, ainda assim, não dispensam o contributo da tecnologia nos seus projetos.

 

Mas como não só de bancas e exposições se faz uma feira, o Pavilhão do Conhecimento também vai ser palco de outras atividades. Workshops de robótica, modelação 3D e corridas do campeonato nacional de drones vão animar e dinamizar um evento que se destina a miúdos e graúdos. 

Este ano, Filipe Valpereiro, um dos organizadores e curadores da edição lisboeta da Maker Faire, espera ultrapassar a marca dos 14 mil visitantes alcançada o ano passado. "Este ano esperamos ter mais visitantes. O movimento Maker é relativamente recente em todo o mundo, mas tem crescido exponencialmente nos últimos tempos e reflete uma tendência inquestionável: estamos a viver mais um período de revolução", comentou em conversa com o TeK SAPO. 

Muitos dos projetos em exposição são interativos e, desse leque, parte deles prometem oferecer experiências totalmente novas. Um desses exemplos é o Para Parachute, um sistema de realidade virtual montado para simular quedas em paraquedas com a ajuda de um jogo e o headset Oculus Rift. Outro dos makers internacionais presente na feira é o engenheiro Juan Ángel Medina, que nos traz a Moyupi, uma ideia que consiste na transformação de desenhos de crianças em brinquedos físicos. 

Do lado dos "fazedores" nacionais temos artistas e startups com ideias diferentes que encontram um ponto comum nas ferramentas tecnológicas que utilizam para dar vida às suas ideias. André Sier e Beards on Boards são dois exemplos do talento artístico que vai marcar presença na Maker Faire Lisboa.  

Sier é professor na Universidade de Évora e desde 2002 que tem vindo a ensinar programação artística. No seu trabalho, o português tem criado várias peças de arte tecnológica e que têm adoptado formas distintas, da impressão 3D ao vídeo, passando pelos videojogos e por instalações artísticas mais conceptuais e complexas de componentes electrónicas. 

Por su turno, os Beards on Boards são artesãos que trabalham a madeira enquanto matéria-prima. Fazem pranchas pormenorizadas e com um design diferente do habitual, sempre imaginado por ilustradores e pensado para se diferenciar no meio de outras tantas. 

A Lusosat, por outro lado, aposta num campo totalmente diferente: o espaço. A plataforma educacional pretende levar a exploração espacial aos estudantes através de kits fáceis de montar e que permitem conduzir experiências espaciais reais em qualquer nível de ensino.  

Aqui, o que importa é fazer e, nisso, a Maker Faire é pródiga. Se tiver interesse em saber mais sobre a Lisbon Maker Faire basta seguir este link. A entrada é gratuita.