O futuro dos aparelhos eletrónicos tem, quase sempre, passado pelo “emagrecimento” do seu hardware. Reduziu-se a largura dos telefones, computadores e televisões mas, no entanto, ainda nada do que usamos de digital no nosso quotidiano se assemelha a este projeto da Universidade de Tóquio.

O trabalho destes investigadores consiste numa "pele eletrónica" super flexível com uma espessura de... 0,003 milímetros, a mais fina de sempre. A e-skin, desenvolvida por uma equipa de cientistas liderada por Takao Someya, assemelha-se a um pedaço de película aderente que, por ser tão moldável, pode ser colada em qualquer parte do corpo sem o risco de quebrar.

As imagens projetadas neste ecrã optoelectrónico utilizam a tecnologia PLED, que consiste num conjunto de folhas de luz que se ligam e desligam consoante os impulsos elétricos a que são expostos. 

Apesar do conceito não ser novo, este é o modelo mais perfeito até à data. No passado, outros investigadores já surgiram com protótipos mais finos, no entanto, a fraca resistência ao ar tornaram-nos inúteis numa possível aplicação real. Para além disso, este é o modelo que, até agora, consome menos energia e produz menos calor. 

Apesar de ainda carecer de alguns melhoramentos, como a autonomia e o design, o futuro adivinha-se sem relógios de pulso. Na medicina, por exemplo, esta inovação poderá ter lugar na medição da pulsação ou níveis de oxigénio no sangue, o que seria possível através de sensores que já foram embutidos neste tipo de tecnologia. 

Os cientistas responsáveis pelo novo protótipo também sugerem uma ideia, “um trabalhador pode ter as plantas ou diagramas elétricos mostrados na sua pele sem ter de andar com equipamentos pesados atrás”.
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