A Boom Supersonic continua a trabalhar no XB-1, o seu primeiro protótipo de avião supersónico que foi revelado em outubro de 2020. Quase quatro anos depois, em março, o avião voou pela primeira vez e completou o teste inicial com sucesso. Segue-se agora o próximo desafio, tentar quebrar a barreira da velocidade do som, nos testes que vai realizar na Califórnia, até ao final do ano. A empresa recebeu a autorização da Federal Aviation Administration (FAA) para realizar este ambicioso teste.

No teste de março, o protótipo do XB-1 partiu do Porto Espacial e Aéreo de Mojave, na Califórnia, tendo alcançado uma altitude de 2,2 quilómetros, atingindo uma velocidade máxima de 439 km/h. Na próxima fase, a Boom Supersonic espera que o avião atinja a velocidade de Mach 1, a velocidade do som, equivalente a 1.216 km/h ao nível do mar.

Veja na galeria imagens do voo do XB-1:

A empresa vai ainda estudar o consumo de combustível, assim como o seu desempenho e segurança durante demonstrações realizadas antes desse voo crucial. “Existem um total de 10-20 voos planeados antes de alcançar a velocidade supersónica”, refere Blake Scholl, CEO e fundador da Boom Supersonic. A equipa do projeto vai continuar a expandir sistematicamente os testes para confirmar a sua performance e capacidade de manuseamento.

XB-1: protótipo de avião supersónico levanta voo quase quatro anos depois de ter sido revelado
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De recordar que o protótipo servirá como base para o desenvolvimento do Overture, um avião comercial supersónico que transportará entre 64 a 80 passageiros e que será capaz de atingir uma velocidade de Mach 1.7.

A empresa diz que já recebeu 130 pedidos de pré-encomendas do Overture, vindos de companhias aéreas como a American Airlines, United Airlines e Japan Airlines.

XB-1 não é o único avião supersónico em construção. A NASA está a apostar no X-59, um aparelho que faz parte do projeto QueSST. Este avião também pretende oferecer voos a velocidades supersónicas de forma silenciosa. Desde que o Concorde foi encostado em 2003, que não se realizam voos comerciais supersónicos, uma realidade que poderá mudar com a nova geração de aviões silenciosos.