Após cinco anos de viagem e 2,8 mil milhões de quilómetros percorridos, a Juno conseguiu entrar, com sucesso, na órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar, completando o momento mais perigoso da missão.
Para tal, a sonda espacial da NASA teve de posicionar-se para apontar o seu motor principal na direção desejada e aumentar as rotações por minuto para estabilizar, diminuir a sua velocidade e deixar-se “apanhar” na órbita de Júpiter. Entretanto virou-se para o Sol para que o Astro Rei pudesse dar energia às suas mais de 18.000 células solares.
Eram 20h53 de segunda-feira na Califórnia, 04h53 desta terça-feira em Lisboa, quando a sala de controlo da missão no Jet Propulsion Laboratory da NASA recebeu o sinal que confirmava que tudo tinha corrido bem e que a Juno estava onde devia estar, provocando a alegria da equipa e dos restantes cientistas que acompanhavam a missão.
Success! Engine burn complete. #Juno is now orbiting #Jupiter, poised to unlock the planet's secrets. https://t.co/YFsOJ9YYb5
— NASA (@NASA) 5 de julho de 2016
A sonda espacial da NASA está agora destinada a recolher informação vária, nomeadamente, espera-se que a missão forneça novos dados sobre as faixas coloridas que envolvem Júpiter, sobre a existência ou não de um núcleo e sobre a origem da chamada Grande Mancha Vermelha (Great Red Spot), uma tempestade gigantesca que se mantém há séculos no planeta.
Outro objetivo é medir a quantidade de água na atmosfera, por sua vez um indicador da quantidade de oxigénio presente quando o planeta se formou, e da possível rota de migração do gigante gasoso dentro do Sistema Solar.
Mas não é para já. Antes há outros passos a dar antes que a equipa que acompanha a missão receber os tão desejados dados. Os próximos meses serão ocupados com testes aos subsistemas da sonda, além das calibrações aos oito instrumentos científicos e a uma câmara.
A recolha científica propriamente dita só deverá começar em outubro. Espera-se contudo que, antes disso, já a 17 de agosto, seja possível obter as primeiras imagens de Júpiter, avança a Reuters.
A Juno terminará a sua missão após 37 órbitas, em fevereiro de 2018, ao entrar na atmosfera de Júpiter e, consequentemente, se desintegrar.
Nota de redação: Texto alterado para corrigir alguns dados, retificados pelos nossos leitores.
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