Um propulsor do Space Launch System (SLS), o foguetão mais poderoso alguma vez construído pela Nasa, foi hoje testado com sucesso nas instalações da Orbital ATK em Promontory, no estado norte-americano do Utah. Este foi o segundo teste realizado e o último deste elemento antes de acontecer o primeiro teste de voo do SLS com a nave Orion da Nasa, previsto para o final de 2018.

Apenas dois minutos de experiência permitiu à Nasa obter dados essenciais relativos a 82 pontos e objetivos relacionados com este propulsor, elementos indispensáveis para que o equipamento espacial consiga certificação oficial para o voo. Segundo a agência, as temperaturas no interior do propulsor podem chegar aos 6.000 graus Fahrenheit (mais de 3.315 graus Celsius).

“Este teste final de qualificação do propulsor de hoje ajuda-nos a entender em que ponto estamos no desenvolvimento do SLS, que será vital para o avanço na exploração humana do espaço e para abrir novas fronteiras para a ciência em geral e paras as missões no espaço profundo em particular”, explica William Gerstenmaier, um dos administradores do centro Human Exploration and Operations Mission Directorate da, localizado em Washington.

Segundo a Nasa, após terminadas as experiências, dois propulsores do género e quatro motores RS-25 servirão darão energia ao SLS em várias missões espaciais. Esta “equipa” de equipamentos espaciais acompanharão o foguetão principal apenas durante os dois primeiros minutos do seu voo, representando cerca de 75% do poder de aceleração que a nave Orion precisará para “libertar-se” do campo gravitacional da Terra.

O projeto SLS e o voo da Orion agendado para 2018 são vistos pela Nasa como uma etapa decisiva nos avanços de exploração do espaço profundo rumo a Marte.