O foco da DJI, com sede em Shenzhen, considerado a Silicon Valley chinesa, é o fornecimento direto de imagens - vídeos ou fotografias - aos clientes, usando para a recolha os drones Phantom, Inspire ou Ronin, ou ainda da mini steadycam Osmo.

O TeK esteve no Kartódromo de Baltar, Paredes, no Shakedown da prova para assistir de perto a todos os movimentos da equipa europeia da empresa e podemos dizer que o resultado final é surpreendente, até porque são parceiros oficiais de todas as provas inseridas no Campeonato Mundial de Rally.

São necessários oito elementos (divididos em duas equipas e em pontos geográficos diferentes) da DJI para fazer voar com precisão os drones com câmaras para cobrir ao milímetro a prova portuguesa. Três drones (dois Phantom e um Inpire) estiveram no ar e uma estática (Ronin) para conseguir as melhores imagens terrestres, servindo também para filmar a equipa da DJI a trabalhar. É este o vídeo que a empresa chinesa fornecerá a potenciais e futuros clientes como aliciamento para comprar os seus serviços. E que o TeK também poderá partilhar, mas só na próxima semana.

Enquanto a Phantom servia para recolher imagens a grande altitude, cerca de 500 metros, a Inspire ‘colava-se’ a dois/três metros dos grandes protagonistas, os carros de rally. Os drones conseguem acompanhar na perfeição as manobras apertadas e acompanhar a velocidade dos pilotos. Tudo isto devidamente monitorizado pela equipa.

Parte dos trabalhos é explicada no blog da empresa, mas as imagens mostram melhor os drones - e os carros - em ação.

Ferdinand Wolf é o diretor criativo da DJI Europa e explicou-nos quais são os principais objetivos na cobertura de eventos como o Rali de Portugal.“Temos de ser criativos e queremos estar perto da ação para fornecer imagens imersivas às pessoas, por isso temos e queremos escolher os melhores locais. Enquanto patrocinadores e fornecedores oficiais de imagens de todas as provas do WRC (campeonato mundial de rally) queremos recolher aquelas cenas que mais ninguém consegue fazer, como acompanhar o piloto a fazer aquela curva apertada, segui-lo de perto e depois subir e perder-se no horizonte, é único”, contou em exclusivo ao TeK durante o Shakedown, em Paredes.

Além do WRC, a DJI acredita que a captação de imagens com drones pode alargar-se a múltiplos desportos, tais como “maratona, triatlo, ciclismo e natação”, onde já têm feito várias coberturas e com “muito sucesso”.

Quanto ao futebol, que é seguido por milhões de portugueses, Ferdinand contou-nos quais são as dificuldades em cobrir este tipo de eventos. “O problema do futebol é que há muitas pessoas à volta e não é permitido voar sobre as pessoas e sobre o campo. Por isso é que, atualmente, existem câmaras por todo o lado e também a spider cam. Podemos é voar fora do estádio e dar uma perspetiva espetacular sobre o local, mas durante um jogo é impossível”.

Atualmente, os produtos DJI entraram em força na indústria da imagem do desporto e já estão a conseguir expandir-se para outras áreas como o cinema, agricultura e busca e salvamento. Wolf contou-nos que até os podem contratar para um evento particular.

“Temos muitos contactos com a indústria dos drones e podemos fazer uma parceria ou patrocinar um evento qualquer, basta entrarem em contato connosco”.