Depois de uma pequena trégua, as previsões não são as melhores para o sul do Brasil, onde a situação pode piorar com a chegada de novas tempestades nos próximos dias. As fortes chuvas começaram a 27 de abril, levando a uma subida sem precedentes no nível dos rios daquela região.

A intempérie causou enormes prejuízos em várias localidades e inundou grande parte de Porto Alegre, capital do estado, deixando mais de 90 mortos e 1,4 milhões de pessoas afetadas, que sofrem com a falta de alimentos, remédios e serviços básicos como eletricidade e água. Além das mortes confirmadas, há mais de 130 desaparecidos e 360 feridos até ao momento.

Lá “do alto”, os sempre atentos satélites de observação terrestre, registaram as imagens possíveis dos últimos dias por entre as nuvens que cobrem a região e mostram o contraste com as capturas do antes da tragédia.

Os registos feitos pelo programa europeu Sentinel 2 dão a dimensão do tamanho do estrago das inundações nas cidades que estão nas margens dos Rios Jacuí, Pardo, Taquari e do Lago do Guaíba. Já imagens captadas pelo satélite Amazônia 1, operado pelo Inpe, e avançadas num exclusivo da publicação g1, mostram Porto Alegre, Vale do Taquari e a bacia dos rios Soturno, Jacuí e Jacuizinho.

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As autoridades brasileiras estão a concentrar-se no resgate dos sobreviventes que ainda estão isolados, enquanto trabalham para garantir energia e água à população. Entre as diferentes iniciativas de apoio que decorrem está a colaboração dos três maiores operadores de telecomunicações do Brasil - a Claro, a TIM e a Vivo – para permitir o acesso gratuito às suas redes.

medida inclui acesso gratuito à internet móvel, mesmo para quem tem planos pré-pagos e não tenha saldo disponível, e tem como intuito permitir a quem está nas povoações afetadas manter-se informado e continuar a poder comunicar com familiares e amigos.