A missão não chegou a bater o record de maior permanência no espaço - que ainda pertence ao russo Valeri Polyakov, com 437 dias na estação espacial Mir - mas é a de maior duração de um astronauta americano.

O objetivo era estudar os efeitos da exposição prolongada do corpo humano a um ambiente sem gravidade, antecipando as futuras e prováveis missões a Marte e a NASA já partilhou alguns dados: Scott Kelly terá crescido duas polegadas, o equivalente a 5,08 centímetros. Isto porque na ausência de gravidade a coluna vertebral tem tendência para alongar-se.

Ficou também mais novo, e a justificação está relacionada com a teoria da relatividade de Einstein. A bordo da Estação Espacial internacional, Scott Kelly “moveu-se” mais rapidamente do que quem está na Terra – mais precisamente a cerca de 17.000 milhas por hora (27.000 km/h) em relação ao planeta.

O vídeo partilhado pela NASA resume a preparação da missão e alguns dos momentos passados pelo astronauta na Estação Espacial.

Quando se preparava para abandonar a Estação Espacial Internacional, Scott Kelly referiu que ainda estava capaz de aguentar mais 100 dias a bordo, mas que estava pronto para regressar a casa. “Fisicamente sinto-me muito bem. A parte mais complicada é estar isolado das pessoas que estão em terra e que são importantes para nós”.

Nas últimas horas que passou na ISS, o astronauta aproveitou para somar mais algumas imagens aos seus “álbuns sociais”, mencionando as saudades que iria sentir de algumas “vistas”. Veja as últimas fotos publicadas por Scott Kelly e algumas das que foram registadas ao longo dos últimos meses.