A introdução dos smartphones no sector dos pagamentos eletrónicos está a ser feita com sucesso. De acordo com algumas projeções, nos próximos cinco anos, o volume de transacções financeiras feitas entre telemóveis e terminais de pagamento automático deverá aumentar cerca de 80%, só nos Estados Unidos.

Nesse campo, a Visa já fez o que poderia fazer. Disponibilizou versões digitais dos seus cartões e, agora que o futuro se desenha, a empresa norte-americana decidiu seguir para aquilo que pode vir a ser a “next big thing” dos pagamentos eletrónicos: anéis.

A tecnologia não é nova, mas apesar de várias propostas terem figurado nas prateleiras virtuais do Kickstarter, nenhuma delas chegou realmente a popularizar-se (e nenhuma delas tinha o cunho de uma das maiores empresas financeiras do mercado).

Este último modelo desenvolvido pela Visa recorre a tecnologia NFC para efectivar transacções com terminais que disponham de tecnologia contactless. Com este gadget, para pagar uma conta, não vai ser preciso mais do que acenar a mão sobre o terminal de pagamento.

Neste caso e ao contrário do que acontece com os smartphones, a bateria não vai ser um problema. Para tornar o sistema completamente móvel, a Visa decidiu substituir os carregamentos por um sistema de transferência de energia, sem fios, entre o anel e o terminal onde é feito o pagamento. A transferência é mínima, instantânea e feita de cada vez que o anel é aproximado de um terminal.

O aparelho foi concebido em torno de várias ideias dadas por atletas olímpicos que fizeram evidenciar a necessidade de ter um objecto nada intrusivo que os deixasse esquecer dele durante o dia.

Para garantir segurança na sua utilização, a empresa norte-americana também criou uma aplicação móvel que permite desligar o anel sempre que não o tiver consigo.

O anel vai ser testado durante os próximos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, pelos 45 atletas patrocinados pela Visa que estarão em prova.

O anel é ainda um protótipo e não está disponível para o público em geral. A aldeia olímpica é o primeiro espaço a receber esta tecnologia.