Portugal apresentou uma candidatura ao Space Surveillance and Tracking – SST, um programa europeu de vigilância e rastreio do Espaço. A preparação da candidatura nacional foi liderada pelo Ministério da Defesa Nacional, mas contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Presidência do Conselho de Ministros e os Governos Regionais dos Açores e da Madeira.

O SST quer assegurar, para a Europa, capacidades próprias de monitorização, caracterização e seguimento dos objetos na proximidade da Terra, que possam constituir um perigo real, quer para as infraestruturas em sua órbita, como os satélites, quer para a segurança dos cidadãos. Outras potências espaciais como os EUA, Japão, Rússia possuem sistemas operacionais semelhantes, sublinha o Governo num comunicado.

Na prática, pretende-se que preveja o impacto entre objetos em órbita, reduza o risco de colisão durante o acesso ao espaço e que possa calcular o local de impacto e da pegada destruidora à superfície da Terra, em caso de reentrada de objetos na atmosfera. Terá também a seu cargo a vigilância da atividade dos satélites não europeus que ponham em perigo a segurança e defesa da Europa.

Este será um dos quatro grandes programas da área do Espaço suportado pela União Europeia e executado pela Comissão Europeia, a par dos programas Galileo (navegação por satélite), Copernicus (observação da Terra) e GovSATCOM (comunicações governamentais por Satélite).

A intenção é que o SST interligue em rede os recursos europeus dispersos pelos Estados-membros, criando uma rede cooperativa europeia capaz de mapear, seguir e estimar trajetórias de objetos espaciais, sejam satélites ativos ou lixo espacial.