A primeira missão privada a conseguir colocar uma sonda na Lua está a registar alguns problemas e o presidente da Intuitive Machines, Steve Altemus, admitiu ontem numa conferência de imprensa conjunta com a NASA que nem tudo correu bem na alunagem.

A sonda Odysseus pousou no dia 22 na Lua, depois do lançamento bem sucedido no dia 15 e da entrada na órbita do satélite natural da Terra a 21 de fevereiro, e as primeiras notícias davam conta do sucesso desta fase da missão. Porém a equipa de controlo já apurou que o aparelho tem um dos seis pés preso na superfície lunar, fazendo com que a Odysseus tenha caído de lado e esteja provavelmente encostada a uma rocha.

A equipa de missão partilhou entretanto uma imagem da sonda da cratera de Schomberger, captada na aproximação da Odysseus à Lua, quando estava a cerca de 200 km do local onde devia pousar, e a uma altitude de 1o km.

Para já o presidente da Intuitive Machines diz que a sonda mantém capacidade operacional, embora admita que a posição da Odysseus pode comprometer a comunicação, já que as antenas estão apontadas ao solo, e que isso pode limitar a capacidade dos controladores de voo receberem os dados. 

As antenas tinham sido posicionadas no topo do módulo de pouso, com 4,3 metros de altura, para facilitar as comunicações no polo sul da Lua, uma região montanhosa, cheia de crateras e com pouca luz solar.

O módulo Odysseus, que inicialmente recebeu o nome de código Nova-C  tem capacidade para transportar cerca de 130 kg de carga. Nesta missão para a NASA, leva  instrumentos para experiências científicas e testes tecnológicos na superfície lunar, tendo em vista o trabalho das tripulações das futuras missões Artemis na Lua.

Veja as imagens da missão e da partida rumo à Lua

Até agora só cinco países conseguiram atingir o solo lunar, mas os Estados Unidos não voltaram a pousar na Lua desde 1972, quando foi concluído o programa Apollo. No mês passado a missão  do Peregrine One também fez uma tentativa. Depois de um lançamento bem sucedido com o impulso do novo foguetão Vulcan Centaur, da United Launch Alliance, em poucas horas começou a perder energia.

Embora os engenheiros da Astrobotic tenham tentado salvar a missão, o Peregrine não conseguiu navegar em direção ao satélite natural e, dez dias após o lançamento, incendiou-se ao entrar na atmosfera terrestre.

Tudo indica que, apesar dos contratempos, a missão da Intuitive Machines está no bom caminho para cumprir os objetivos e que nas próximas horas sejam divulgadas mais informações e as primeiras imagens.

A equipa da Intuitive Machines já tinha partilhado informação e imagens, com fotografias, e selfies, do momento em que o módulo se desligou do foguetão Falcon 9 da SpaceX, deixando para trás o planeta Terra.

Veja as imagens