O dia 4 de Maio será o próximo "Dia Mundial" contra os sistemas de protecção anticópia, mais conhecidos como DRM (Digital Right Management).

O anúncio foi feito ontem pela Free Software Foundation (FSF), que, com a iniciativa, pretende alertar a opinião pública para as implicações das restrições do DRM, e apresentar publicamente o seu protesto contra o uso desta tecnologia.

As tecnologias de protecção à cópia "atacam a liberdade a dois níveis": ao restringir a utilização dos conteúdos adquiridos e ao "forçar" o utilizador a usar software proprietário, afirma o presidente da Fundação para o Software Livre, Richard Stallman. "Quando as empresas se organizam para desenvolver produtos que nos restringem, nós temos de nos organizar para combatê-las", justifica.

Num comunicado online, a FSF alega ainda que muitas das tecnologias de DRM monitorizam as actividades dos utilizadores e reportam-nas às empresas que impõem o seu uso.

A iniciativa marcada para o mês de Maio propõe uma acção a nível global, envolvendo organizações de interesse público, sites e particulares, num esforço conjunto para consciencializar o público para "os perigos das tecnologias que restringem o acesso dos utilizadores a filmes, música, literatura e software", lê-se no comunicado da organização.

O primeiro Dia Contra o DRM aconteceu em Outubro de 2006 e contou com mais de 200 iniciativas, milhares de emails de protesto e distribuição de cerca de 150 mil autocolantes, para além de várias acções à escala local - incluindo a do grupo de activistas franceses "StopDRM" que se entregaram numa esquadra de Paris em protesto contra a forma escolhida pelo país para transposição da directiva europeia sobre "Direitos de Autor e Direitos Conexos na Sociedade de Informação".