Desengane-se se pensa que a inteligência artificial veio para lhe tomar o posto de trabalho. Desengane-se se pensa que a implementação da tecnologia é para ontem e desengane-se se pensa que a IA é novidade.

Esta terça-feira, no palco Saas Monster do Web Summit, Paul Daugherty, CTO da Accenture, desmistificou a aplicabilidade futura e presente desta tecnologia que pensa por si própria.

A afirmação que deu nome à conferência – AI is the future of growth – foi explicada: a possibilidade de implementar uma tecnologia que compreende os contextos operacionais de uma empresa é uma forma aliciante de alavancar a produção.

Embora a tecnologia não seja nova e contar já com uma certa história de desenvolvimento e afinação, a actualidade tem sido preponderante em dar à AI um palco grande no meio tecnológico. Porquê? “Porque o acesso ao big data é agora possível de várias maneiras e feitios e porque os próprios dados são o alimento que torna a inteligência artificial numa solução válida para as empresas”. Em consequência, o CTO da Accenture não tem duvidas de que a AI vai dar início a uma nova era no setor empresarial.

Mas nem tudo são rosas. A ideia de que estas soluções podem colocar em perigo os postos de trabalho de mão de obra humana é para ser levada a sério. Não é inevitável contudo, basta alinhar agulhas no sentido certo. “A AI não é uma forma de criar super-humanos, mas humanos-super”, de forma a que os deixemos transcender os “limites criativos que nos enjaulam” hoje em dia. Mais do que uma substituição, Daugherty quer mostrar que a AI é um super poder que vai estar ao nosso alcance num futuro próximo, não agora, não amanha, porque “estamos só na fase de aquecimento”.

Não está no Web Summit? Assista às conferências do Centre Stage, em direto, através deste link ou veja as fotografias captadas pela equipa do TeK, em reportagem “ao vivo”, a partir do Meo Arena e da FIL em Lisboa.