O estudo foi realizado em conjunto com a B2B Internacional e abrangeu empresas de 27 países, mostrando que os ataques de DDos (Distributed Denial of Service - ou negação de serviço) têm grande impacto nas empresas atingidas e que as perdas podem ser consideráveis.

A impossibilidade de aceder aos recursos online por parte de parceiros e clientes, os danos na reputação da empresa e o impacto nas receitas são alguns dos problemas identificados.

Segundo o estudo, 61% das empresas que foram vítimas de ataques DDoS perderam temporariamente o acesso a informação crítica para o seu negócio; 38% das empresas não foram capazes de prosseguir com a sua atividade principal; 33% dos inquiridos perderam oportunidades de negócio e contractos.

Além disso, em 29% dos incidentes, um ataque bem-sucedido de DDoS teve um impacto negativo na classificação de credibilidade da empresa, enquanto em 26% dos casos derivou num aumento nos prémios de seguros.

Para reparar os danos as empresas tiveram de contratar especialistas em segurança de TI, mas também pagar a advogados e gestores de risco, sendo ainda sujeitas ao aumento dos prémios de seguros

A análise mostra também que a atitude perante estes ataques está a mudar e que cada vez mais empresas aceita revelar terem sido vitimas de ataques DDoS. 72% revelaram informação sobre um ataque DDoS aos seus recursos e 33% dos inquiridos informaram os seus clientes sobre um incidente deste tipo, enquanto 36% avisaram os representantes de uma entidade reguladora, e 26% dirigiram-se aos meios de comunicação.

Vicente Díaz, analista principal de segurança da Kaspersky Lab, lembra como exemplo de ataques DDoS os recentes ataques a bancos escandinavos, em particular, ao grupo finlandês OP Pohjola, que causaram alguns dias de interrupção nos serviços online e também interromperam o processo de transações com cartões bancários.

"As empresas de hoje devem considerar a protecção DDoS como parte integrante da sua política geral de segurança TI. É tão importante como a proteção contra o malware, ataques dirigidos, fuga de dados e similares”, avisa.


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