44 anos depois da Magnavox Odyssey, a primeira consola de jogos da história, Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, acredita que não estamos longe do fim das consolas.

Durante uma conferência para analistas e investidores da empresa, o francês defendeu a ideia de que vai existir "outra geração de consolas" antes de chegarem novos sistemas de jogo ao mercado. Nesse futuro antecipado, Guillemot prevê que o streaming venha a definir-se como a tecnologia mãe da indústria dos videojogos.

No entanto, apesar de anunciar o fim das consolas como as conhecemos, o CEO da Ubisoft acredita que as fabricantes não se deverão acomodar a essa condição e acabarão por surgir "com um novo hardware para tirar partido das novas possibilidades" que esta tecnologia pode trazer.

A opinião de Guillemot está a gerar alguma controvérsia entre os jogadores mais devotos, mas várias personalidades da indústria de videojogos já se mostraram concordantes com a teoria de que as consolas deixarão de ser o que são. Peter Moore, diretor de operações da Electronic Arts, corroborou esta ideia recentemente, "os jogos vão passar a ser jogados com recurso ao streaming, por isso, não precisamos de hardware a intermediar o jogo e o jogador", disse. Para o responsável da EA, as consolas passarão a ser "chips em vez de caixas".

A confirmar-se este futuro, que apesar de idealizado não se sabe bem quando chegará, as consolas poderão estar embutidas em todos os ecrãs, bastando-nos pagar uma mensalidade ou, quem sabe, um acesso vitalício a uma plataforma de streaming de jogos, ao estilo do Netflix.

Atualmente, a consola da Sony já permite transmitir jogos diretamente para PC e Mac. A tecnologia, que se tinha introduzido no universo gaming da Sony através da PS Vita, chegou este ano à PlayStation 4.