Contra a corrente que tem puxado as grandes tecnológicas no caminho da realidade virtual, a Microsoft apresenta-se como entusiasta das potencialidades de uma outra realidade que, para além de ser responsável pela popularidade de Pokémon Go, levou também ao desenvolvimento dos HoloLens, um dos gadgets mais intrigantes dos últimos anos.

Estes óculos de realidade aumentada já protagonizaram um par de demonstrações públicas e vídeos de apresentação, mas as especificações da sua Unidade de Processamento Holográfico têm permanecido envoltas em mistério até há muito pouco tempo.

Esta terça-feira a empresa deu a conhecer o coração da máquina: um processador personalizado de...24 cores.

O chip é produzido pela TSMC e é capaz de fazer um trilião de cálculos por segundo, o que o deixa tomar conta da maior parte dos processamentos necessários para manter a tecnologia em funcionamento. Neste caso, o CPU e o GPU são utilizados exclusivamente para abrir aplicações e exibir os hologramas calculados pelo chip que, com a sua velocidade de funcionamento, pode absorver e utilizar os dados registados pelas câmaras e pelos sensores em tempo-real, o que permite utilizar gestos para interagir com o ambiente de forma eficaz.

O processador que dá vida a estes HoloLens tem ainda 65 milhões de circuitos lógicos, 8MB de SRAM e 1GB adicional de RAM DDR3 dedicada.

Apesar do poder, a Unidade de Processamento Holográfico destes óculos de realidade aumentada são bastante contidos no que à utilização energética diz respeito, gastando apenas 10W para possibilitar o processamento dos movimentos gestuais do utilizador e dos sensores que ajudam a máquina a compreender o espaço.

A Microsoft começou a enviar a versão para programadores dos Hololens no passado mês de março, mas ainda não há data marcada para dar início à venda ao público.

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