Os resultados da primeira fase do acesso ao ensino superior 2016/2017 foram publicados ontem no site da Direção-Geral do Ensino Superior mostrando mais uma vez o número de alunos inscrito no ensino superior cresceu. Ao todo foram colocados 42.958 alunos, mais 2,1% do que no mesmo concurso do ano passado, sendo que no total o Ministério espera que acedam a cursos superiores no ensino público cerca de 78.250 jovens, 46 mil via concurso da primeira, segunda e terceira fase e os restantes através de outras vias de acesso.

Entre os que ficaram já colocados, a maioria dos alunos (66,2%) entram numa universidade, enquanto outros 33,8% foram colocados nos politécnicos, indicam os dados da DGES.

Os número revelam ainda que 51% dos candidatos ficaram colocados na sua primeira opção, sendo 84% a percentagem dos que conseguiram lugar numa das primeiras três opções colocadas na candidatura. 31% dos estudantes foram colocados num curso ligado à Ciência e Tecnologia, e 17,5% num curso na área da Saúde.

A subida das médias em cursos tecnológicos e de engenharia é um dos reflexos da maior procura por estas áreas. Engenharia Física Tecnológica e Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, ambos com média de 18,53 valores, e o curso de Engenharia e Gestão Industrial, na Universidade do Porto, com nota de entrada de 18,48 valores, foram este ano os três cursos com a média de entrada mais elevada na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, destronando Medicina que estava há vários anos no top das classificações.

Os dados da DGES mostram que este ano oito cursos registaram média de entrada superior a 18 valores e três deles são do Instituto Superior Técnico, enquanto outros quatro pertencem a instituições da Universidade do Porto.

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Mas do outro lado da tabela estão os cursos com médias mais baixas, sendo que 38 têm médias de entrada inferiores a 10 valores, com 824 alunos a ficarem colocados com notas entre os 9,5 e os 10 valores.

Enquanto 60% dos cursos esgotaram vagas, com destaque também para as tecnologias, os dados da DGES mostram que 45 cursos não têm qualquer candidato, e que há dezenas com 10 ou menos alunos a candidatarem-se.

E, mais uma vez, também os cursos de engenharia nos politécnicos ficaram deste lado da lista, figurando entre os menos procurados na primeira fase. 

Engenharia eletrotécnica e de Energias Renováveis no Politécnico de Bragança, e Informática de Gestão, na mesma escola, estão entre os cursos que não tiveram nenhum candidato, mantendo as vagas abertas. 

 

Oportunidades na 2ª fase

Segundo os dados da DGES, restam agora 8.022 vagas para os alunos que deixaram a candidatura para a segunda fase, mas podem ainda ser "libertadas" outras vagas em cursos aparentemente preenchidos, por desistência dos alunos ou porque estes se candidatam à segunda fase. O processo de reclamações pode ainda decorrer até ao final desta semana, a 16 de setembro, a mesma data em que terminam as matriculas.

A segunda fase teve início já hoje e decorre agora até 23 de setembro, sendo as colocações divulgadas a 29 de setembro. Haverá depois ainda uma terceira fase.

Numa análise às vagas disponíveis é facil perceber que o maior contingente está em Arquitetura, na área de especialização em Urbanismo, na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, onde havia 75 vagas mas só foram colocados 8 alunos, e o último entrou com média de 10,4.

No total há 8 cursos com mais de 50 vagas, alguns nas áreas das engenharias, com predomínio da Engenharia Civil. Mas há também cursos só cim 1, duas ou três vagas, denros dos vários ramos de ensino e em politécnicos mas também em Universidades.

O Ministério da Ciência e Ensino Superior faz notar que nos Politécnicos a maioria dos alunos são inscritos através de outras vias de acesso que não o concurso nacional, com destaque para as oportunidades locais e profissionalizantes. Segundo estes dados "as instituições universitárias recebem 83% dos seus novos estudantes através do regime geral de acesso, as instituições de ensino politécnico apenas recebem 66% dos seus novos alunos por esta via". Por isso "não são justificados os comentários, frequentes após a publicação dos resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso, de que as instituições de ensino superior politécnico públicas não têm procura", refere um comunicado.

 

E os cursos técnicos superiores profissionais?

Embora esta via de acesso ao ensino superior seja muitas vezes ignorada com o "ruído" relacionado com os concursos, esta é uma forma de acesso a cursos com um pendor profissionalizante que tem vindo a crescer nos últimos anos. Esta é uma área que tem recebido reforços e novos apoios, tendo sido disponibilizados recentemente 45 milhões de euros para equipamentos e funcionamento.

os cursos têm uma duração de 2 anos e correspondem a 120 ECTS. O ministério destaca que estão disponíveis 18 áreas de estudo em cursos técnicos profissionais, num total de 500 cursos, sendo que 43% dos cursos se integram no domínio das ciências e tecnologias. Ao todo estes cursos devem receber mais de 11.500 alunos.

O ingresso é feito através de condições fixadas por cada instituição de ensino superior, e as áreas de formação no ensino secundário que permitem concorrer a cada curso técnico superior profissional são fixadas por cada instituição de ensino superior.

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