O programa e-escolinha custou entre 40 a 50 milhões de euros à Acção Social Escolar (ASE) e 20 milhões aos operadores de telecomunicações. Os valores foram avançados pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, esta segunda-feira.

Paulo Campos, que falava à margem da entrega do Prémio Zon Criatividade em Multimédia, revelou que, até à data, "o envolvimento dos operadores com o e-escolinha é de 20 milhões de euros", refere o jornal Público, assegurando que o contributo do Estado para o financiamento dos computadores portáteis não foi além dos 50 milhões.

O secretário de Estado voltou a garantir que não existiu adjudicação directa à JP Sá Couto, frisando que a Comissão Europeia "está a analisar o programa e-escolas no seu todo" e não a questão da entrega do fornecimento à JP Sá Couto em particular.

O responsável governamental avançou ainda que o programa resultou em alguns milhares de adesões à Internet de banda larga e que o custo real de cada computador foi de 208 euros.

Com base nos valores avançados esta segunda-feira, os 180 milhões de euros das verbas da ASE anunciados na semana passada dirão respeito ao financiamento de ambos os programas escolares de distribuição de computadores, o e-escolinha e o e-escola, e não apenas à iniciativa para o primeiro ciclo.