A Comissão Europeia anunciou o investimento de 500 milhões de euros em "tecnologias emergentes" e destinadas a "melhorar as condições de vida de pessoas".

Mãos artificiais inteligentes ou dispositivos para estudar o comportamento do cérebro são alguns dos projectos financiados ao abrigo do programa da Comissão Europeia no campo das Future and Emerging Technologies (FET).

Este programa - inserido no âmbito do referente à promoção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) - destina-se a promover a investigação de longo prazo, apoiando a criação das bases científicas para o surgimento de tecnologias de nova geração.

O objectivo é identificar e promover projectos de investigação em áreas menos exploradas das TIC, como acontece com o campo interdisciplinar da ciência quântica da informação (que alia a física quântica à informática), exemplificam os responsáveis.

Doze dos projectos abrangidos pelo programa foram apresentados ontem em Estrasburgo.

Do lote constam uma mão artificial dotada de sensibilidade - e capaz de se movimentar como uma mão verdadeira - e um dispositivo que vai permitir explorar a forma como o cérebro processa a informação, através do registo das alterações que se dão durante o processo de aprendizagem.

Com o objectivo de compreender o funcionamento do mesmo órgão, foi também criada uma câmara digital suficientemente rápida para captar os impulsos transmitidos entre as células do cérebro e reproduzi-los em vídeo de alta resolução.

Entre os projectos estão também propostas destinadas a combater as alterações climáticas, problemas sociais, consumo de energia e a propagação de doenças.

A comissária europeia para a Agenda Digital, Neelie Kroes, defendeu que nos "tempos de incerteza económica" que se vivem, a Europa deve ter a coragem de investir no seu futuro, pelo que a Comissão Europeia pretende duplicar até 2015 o orçamento para as FET.

A responsável incentivou ainda os Estados-membros a acompanharem a tendência através dos seus próprios investimentos.