A HP apresentou uma linha de produtos, desde novos portáteis, computadores de gaming, impressoras domésticas, impressoras 3D, e até sistemas de realidade virtual numa parceria com a HTC VIVE, equipamento que está a distribuir.

Alexandre Silveira, marketing manager da fabricante em Portugal, começou o evento por apresentar estatísticas, que indicam que 62% da força de trabalho dos millenials trabalham em mais de um local. Mais de 65% colaboram várias vezes ao dia entre si e 81% dos utilizadores fazem tarefas de trabalho no seu tempo pessoal. E como se divertem? Segundo a HP é tudo especializado. Se antigamente um PC servia para trabalhar, jogar ou ouvir música, agora há uma especialização da oferta, desde PCs para gaming ou para trabalhar. Mesmo no campo da impressão, já há impressoras de bolso, para fotografia ou para desktops.

Outra questão colocada é como é feito o consumo dos equipamentos? Os millenials trocaram o sistema transacional para contratual. Ou seja, deixam de querer ter a posse dos bens, optando por uma experiência com as mesmas. O Airbnb, o Uber ou o Netflix são exemplos disso de serviços. Nesse sentido, a empresa apresenta o HP Instant Ink que troca a compra dos consumíveis por serviços.

José Correia, diretor geral da HP Portugal, falou sobre o estado da empresa, mencionando o "reboot" ou o “split” desta nova divisão focada nos consumidores, e nas experiências que os seus produtos proporcionam. Esta nova fase tem sido um teste para a medição com os seus acionistas, tendo subido em 60% o número de share holders. Cresceram nas receitas nos últimos cinco trimestres sucessivos. José Correia refere que o sucesso passou pela inovação interna, substituindo os sistemas por versões atuais, capazes de se tornarem mais ágeis e produtivos, e dessa forma reduzir custos. Esse retorno permite criar bolsas de investimento para se tornarem ainda mais agressivos no mercado.

Se até há três anos a HP andava a disputar o mercado com a Lenovo, José Correia refere que nos últimos cinco trimestres é líder indiscutível do mercado dos PCs, com crescimentos na ordem dos dois dígitos. A área de gaming há dois anos estava adormecida, mas agora são líderes em alguns dos mercados pelo mundo, refere o diretor geral.

Regresso às origens: o negócio das impressoras

O Immersive computing é outra área onde a HP vai apostar, desde a realidade virtual e aumentada, mas também nas impressoras 3D. Por falar no mercado das impressoras, a HP considera que regressou à atividade doméstica, com novos produtos e serviços como o instant ink e o Sprocket. A área da reciclagem foi uma aposta da empresa, que através do programa HP Planet Partners amealhou os materiais espalhados pelo mundo, numa postura “amiga do ambiente”.

A HP apostou ainda em elementos de acessibilidade, como os comandos de voz, ou mesmo sensores de movimento para ajudar pessoas cegas a interagir com as impressoras.

Pedro Fragoso da HP, falou na aposta da impressa de grande formato, desde os posters a fotografias para colocar em molduras na parede. A nova tecnologia apresenta um sistema de dual drop, ou seja, gotas de diferentes dimensões, para os detalhes e para os preenchimentos. A tecnologia Pixel Control permite um aumento de qualidade nas impressões de grande formato. Anteriormente, as impressoras utilizam entre 12 a 8 tinteiros, agora consegue-se o mesmo resultado com apenas seis graças à nova “cabeça” inteligente criada pela HP. A máquina faz ainda a chamada pós-produção das fotografias, cortando as margens das folhas, numa impressão pronta a ser aplicada.

Para ajudar os utilizadores e clientes, a HP disponibiliza diversos produtos e serviços na sua cloud, com templates pré-formatos para serem utilizados em impressoras de grande escala, com os tamanhos necessários. Entre elementos pagos ou gratuitos, as pessoas apenas necessitam de editar os campos de forma intuitiva e rápida, como explicou Pedro Fragoso, responsável pela área da empresa.

Paulo Matos, responsável pela área de impressão de consumo da HP, apresentou duas novas monolasers, a HP Laser Jet Pro M15 e MFP M28 Series, consideradas as mais pequenas do mundo. Estes equipamentos receberam uma redução de 35% no tamanho.

HP Sprocket Plus foi concebido para imprimir fotografias a partir do smartphones, com o novo modelo a obter 30% de mais tamanho. É um mercado onde o “renascimento” das fotografias instantâneas ao género das Polaroid tem vindo a crescer. Também o serviço de subscrição do Instant Ink (substituição de tinteiros) tem crescido, com um rácio de adoção nos 9%, e obtendo uma fidelização de um ano na casa dos 95%.

No campo das impressoras 3D, o fabricante introduz no mercado os modelos HP 3D Jet Fusion. Carlos Marto, representante do setor, refere que o mercado da fabricação de materiais vale 12 triliões, sendo a área da impressão 3D uma pequena gota nesse “oceano”, o que significa que existe um grande potencial no segmento. Desde as placas para os circuitos eletrónicos, com as propriedades ou cores necessárias, o preço de fabricação e a seleção de materiais são estratégias que permitem o crescimento do 3D.

Uma das novidades é introduzir nas peças os gradientes de cores necessários, e não “algo aproximado” como são as soluções atuais. As peças impressas podem conter elementos condutores, foto-luminescente, translúcidos ou elásticos, propriedades que podem ser cruzadas e obtidas na mesma peça. Desta forma, será possível imprimir a base, as marcações e até os circuitos integrados já impressões na peça, segundo a HP.

A HP conta atualmente com 3.000 revendedores, distribuindo a sua área de negócio em 45% para particulares e 55% para empresas. A empresa tem mais de 100 técnicos especializados.

Em crescimento de cruzeiro

José Correia refere que o mercado português voltou a crescer em quase todas as grandes categorias, com 6,8% na computação profissional e 29% no gaming (onde há dois anos é líder do mercado), 5% na impressão doméstica, 27% na impressão de grande formato. A computação doméstica diminuiu -3,9%, porque há dois anos explodiu de forma irregular e agora está a retificar-se, como justificação. Por outro lado, não havendo novos sistemas operativos, não justifica trocar de PC. Ao contrário do gaming, sempre em evolução, e por isso o grande crescimento no segmento.
A empresa refere que tem vindo a criar um crescimento de negócio sustentado, aposto sobretudo na área da segurança, através de parcerias estratégicas. “A HP tem os computadores mais seguros do mundo na atualidade”, salienta José Correia. É ainda referido que há uma aposta na tecnologia “as a service”, como o instant ink, ou seja, alterou o modelo de negócio da venda de consumíveis em serviços. A aposta na inovação é também, para o diretor da empresa, um dos segredos do crescimento.

Pedro Coelho, área de category manager, refere que em 2017 foram criados malwares em cada 4,2 segundos, justificando a aposta da empresa na área da segurança. Nesse sentido, a segurança é aplicada em várias camadas, desde o sistema operativo, à bios dos componentes de hardware. As suas soluções têm capacidade de se auto-reparar, que no caso de corrupção da bios consegue repor de imediato. Por fim, a ajuda do help desk aos utilizadores. “é a framework mais completa em termos de segurança que existe na gama de computadores profissionais”, refere Pedro Coelho.

A HP apresentou ainda o HP Elitebook X360 1030 G3, que a empresa considera o convertível mais pequeno no mundo. Este destaca-se por ter três microfones, concebidos para colaboração. Tem ainda um ecrã sem brilho alternativo, para utilização na rua, apresentando ainda um teclado virtual no ecrã multitouch para que mais de uma pessoa trabalharem. Os ecrãs de privacidade, os privacy screens, que diminui a iluminação e o ângulo limitado de 45 graus, para evitar os habituais “mirones” quando se trabalha em locais públicos.

Foi apresentado o HP Elite x2 1013 G3, considerado o mais pequeno detachable do mundo para a área de negócio. O tablet tem um ecrã de 13 polegadas, mas no corpo de um de 12 polegadas e com menos 13% de brilho para trabalhar no exterior. O HP Elitebook 1050 G1 é, mais uma vez, considerado o primeiro a ter uma GTX 1050.

Na área de realidade virtual, em parceria com a HTC Vive, a HP criou uma solução de workstation introduzida numa mochila (que também pode ser utilizado na secretária). O HP Z VR wearable permite obter experiências VR sem estar presos a cabos junto a uma secretária. O SAPO TEK teve oportunidade de experimentar o sistema, numa experiência repleta de sensações de vertigem nas experiências disponíveis: uma no fundo do mar, e outra no topo de um arranha-céus.

Pedro Martins, responsável pela área gaming e computadores de alta performance, revelou os novos computadores da linha HP Envy 13 X360, sendo o primeiro com tecnologia exclusiva AMD, com processadores Ryzen 5 e 7, que a empresa garante serem capazes de oferecer experiências de gaming e edição de vídeo. Promete ainda uma maior autonomia, mas sobretudo carregar rapidamente o equipamento na totalidade em hora e meia (50% em 45 minutos). Houve ainda uma aposta no sistema de som, apresentando quatro colunas Bang & Olufsen. O ecrã Full HD tátil está protegido com o Corning Gorilla Glass para maior proteção contra quedas. O portátil tem ainda uma caneta digital da HP.

Já o Envy 15 X360 é uma variante mais poderosa, com um processador Intel de oitava geração e uma placa gráfica GeForce MX 150 para os jogadores mais exigentes ou edições de vídeo mais complexas. O fabricante garante até 14,5 horas de autonomia e igualmente carregamento rápido das baterias. O portátil tem ainda teclado retroiluminado para se trabalhar em todos os ambientes.

Destinado em exclusivo para o gaming, o portátil Omen 15 Laptop oferece modelos com placas gráficas até Nvidia GTX 1070, processadores de oitava geração, melhor eficiência térmica, assim como ecrãs com taxa de refrescamento de 144 Hz e 7ms de tempo de resposta. A HP apresenta duas versões de iluminação de teclado, um com duas zonas, outro com quatro focos de luz. Os computadores gaming são ainda completados pelos diversos acessórios, entre os teclados ratos e malas de transporte.