A história de uma jovem parisiense, Sophie Germain, que foi obrigada a ficar em casa durante os anos da Revolução Francesa, e que acabou por usar a biblioteca do pai para explorar o seu talento natural pela matemática, foi usada por Carlos Moedas, o comissário português responsável pela área de Investigação, Ciência e Inovação, para mostrar que não há barreiras que não possam ser ultrapassadas. E segundo Carlos Moedas podemos aprender com o seu exemplo para derrubar as barreiras à inovação no Sec XXI, explicou na sua apresentação no ICT2015.

A importância do digital, e da criação do Mercado Único Digital, que tem vindo a ser destacada por vários líderes europeus na conferência que decorre em Lisboa, esteve mais uma vez no centro do discurso, até porque a transformação está em curso e a Europa tem de saber explorar as oportunidades. E o risco de nos tornarmos em simples observadores é grande.

“Os governos não podem ignorar a era digital e as suas implicações para a saúde, alimentação, água e energia – quatro áreas vitais para o nosso futuro próximo. O desafio é por isso de exercer influência nos mercados digitais”, afirmou, defendendo que devemos posicionar-nos para liderar em soluções para os problemas universais nesta era digital antes que outros assumam esse papel.

Se falharmos arriscamos a perder ritmo, a tornar os nossos modelos de negócio obsoletos e a ficar vulneráveis de cada vez que houver uma crise económica.

Do ponto de vista da ciência e inovação Carlos Moedas admite que olha para as oportunidades do Mercado Único Digital à luz das suas três prioridades; inovação aberta, Ciência aberta e abertura ao Mundo.

A Comissão Europeia já está a trabalhar com vários países para lançar a agenda europeia da Ciência aberta e está a ser considerada a possibilidade de desenvolver uma Cloud europeia aberta à ciência, a Open Science Cloud, ao mesmo tempo que encoraja a remoção de barreiras legais nesta área.

Carlos Moedas defende ainda que o trabalho para explorar as oportunidades do Mercado Digital não está apenas nas mãos dos políticos e “devem evoluir organicamente das vossas necessidades e aspirações. Deve começar com a visão dos cidadãos e do que querem para o seu futuro. Só assim podemos transformar as políticas e estratégias de uma forma eficiente”, justifica, convidando os participantes no ICT2015 a partilharem as suas ideias, afirmando que ainda podemos escolher a direção na qual a Europa quer seguir.

Roberto Viola, diretor geral da  DG CONNECT alinhou pelos mesmos temas e pela urgência de implementar um Mercado Único Digital bem sucedido. Mas de uma forma aberta a outros países, e não limitada à Europa,  que já foi defendido por muitos participantes no ICT2015.

A necessidade de investir nas TIC e de liderar nesta área, na robótica mas também nos supercomputadores e no processamento de dados foram também destacados, até porque hoje, data em que Marty McFly  regressa ao futuro no filme de Robert Zemeckis “Back to the Future II”, “estamos a construir o futuro para as próximas três décadas”.

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