A ideia dos organizadores da IFA é tirarem partido do know how que já detêm em organização de feiras e das parcerias que estabeleceram para a feira de Berlim, que este ano decorre entre e 7 de setembro e que vai crescer para uma nova localização. 

A Alibaba é uma das parceiras do evento, mas também a GOME, um dos principais portais de compras no país. “A CE China foi criada com uma cooperação entre grupos de indústria, parceiros globais e está assente em conceitos inovadores como o mundo inteligente do futuro”, explica Jens Heithecker, diretor executivo da IFA.

O mercado asiático tem um potencial de crescimento nos próximos anos que as marcas globais não podem ignorar. Tudo indica que o mercado vai crescer até

2020 e mesmo depois dessa data, com enfoque na eletrónica de consumo e home appliances.

A classe média está a crescer e isso reflete-se na compra de produtos de eletrónica de consumo, um cenário que a empresa de estudos de mercado Gfk traça de forma segura, afirmando que em 2030 a classe média vai representar mais de 58% da população mundial, e que a larga maioria estará localizada nos países asiáticos, com uma grande fatia na China.

“Schenzen é o centro da indústria e o centro da inovação” explica Christian Goke, CEO da Messe Berlim, que organiza a IFA e agora também a CE China.

“Estamos a apostar na CE China para o longo prazo e vamos desenvolver esta relação de forma cuidada”, justifica ainda, reconhecendo que este não é um mercado fácil.

A feira ocupa um pavilhão no centro de exposições de Shenzhen e conta com 150 expositores, todos parceiros de longa data da IFA e que têm interesse em conquistar o mercado asiático. Para estes parceiros a CE China é uma oportunidade de mostrarem os seus produtos num mercado ainda muito dominado por produtos de fabrico próprio.

Existem perto de três dezenas de feiras de eletrónica na China e o modelo aposta em áreas muito específicas, mas não há um evento global à semelhança do que acontece na Europa com a IFA e nos Estados Unidos com a CES.

“Achamos que há espaço e necessidade para o negócio internacional na ásia, mas vamos agora focar-nos no mercado interno da China”, explica Christian Goke.

Shenzhen é uma das capitais da inovação na China e tem mais de 4.700 empresas de hight tech registadas, quase metade do total de empresas de tecnologia chinesas.

Mais de 60% dos produtos aqui fabricados provêm de patentes e capital intelectual registado.

A abertura da feira em Shenzhen decorre a parte da IFA Global Press Conference que este ano acontece em Hong Kong.