Apesar da desaceleração, o investimento das empresas comunitárias em Investigação e Desenvolvimento registou em 2008 um crescimento de 8,1 por cento. O valor coloca, pela segunda vez consecutiva, a União Europeia à frente dos Estados Unidos e do Japão, onde o investimento cresceu respectivamente 5,7 por cento e 4,4 por cento.

Os dados constam do mais recente "EU Industrial R&D Investment Scoreboard", com dados relativos a 2008, e mostram ainda que duas empresas comunitárias figuram entre as dez do topo: a Volkswagen em 3.º lugar com um investimento de 5,93 mil milhões de euros - mais 20 por cento que no ano anterior - e a Nokia em 8.º, com 5,3 mil milhões de euros.

Portugal conta apenas com quatro empresas entre as 1.000 companhias europeias que mais dinheiro investiram em I&D em 2008, de acordo com o mesmo relatório: farmacêutica Bial, em 235º lugar, a Caixa Geral de Depósitos, no 245º, a Energia de Portugal, no 411º, e a Novabse, no 648º.

O investimento das empresas em I&D a nível mundial aumentou 6,9 por cento, em comparação com os nove por cento registados em 2007. O maior investidor do mundo em I&D foi a Toyota Motor com 7,61 mil milhões, seguida da Microsoft.

A Alemanha permanece como o país da União Europeia que mais aposta na I&D, num volume que este ano cresceu 8,9 por cento. Os Estados-membros onde o investimento empresarial em I&D mais cresceu face à média europeia foram a Itália (20,4%), a Suécia (17%), a Dinamarca (16,4 por cento) e o Reino Unido (11,3%).

As empresas com sede na Finlândia, (1.6%), França (0.7%) e Bélgica (-0.8%) tiveram as piores prestações.

Recorde-se que o MCTES apresentou recentemente dados de investimento em I&D, congratulando-se pelos resultados alcançados nos últimos anos, neste sector.

O Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN), divulgado na última sexta-feira, mostrava que a despesa total em I&D em Portugal ultrapassou os 2,513 mil milhões de euros em 2008, passando a representar de 1,51 por cento do PIB nacional.

O mesmo relatório apontava que a despesa das empresas em I&D triplicou desde 2005, tendo crescido 22 por cento entre 2007 e 2008, para cerca de 1,258 milhões de euros.