Embora assente num sistema de legalidade duvidosa, a Etiópia tem um sistema de distribuição de filmes pirateados ao público que funciona através de quiosques automáticos de rua. Para transferir ficheiros, os utilizadores só têm de conectar uma Pen USB ao aparelho.

"No início do ano o All Mart (supermercado local) instalou uma nova máquina nas suas lojas. É basicamente um monitor com uma entrada USB que se parece com uma caixa de multibanco. Chama-se SwiftMedia e até há um homem que trata da manutenção", reportou uma fonte local ao TorrentFreak. "Temos de ligar uma Pen. O ecrã liga-se e depois deixa-te pesquisar por todo um imenso arquivo de filmes".

Escreve o mesmo site que os quiosques são mantidos por uma empresa chamada Escape Computing e que a mesma cobra entre 25 a 100 birr (um a quatro euros, sensivelmente) por pacotes que permitem descarregar vários filmes. Os filmes em destaque, no entanto, podem custar entre 3 a 5 birr (12 a 20 cêntimos) por download.

"No início pensei que os filmes já não estivessem abrangidos por direitos de autor [...] mas depois comecei a perceber que os filmes já lá estavam no dia de lançamento [nos cinemas]", disse a mesma fonte, que acrescenta ainda que a equipa que assegura a manutenção da máquina "aparentemente passa o dia a descarregar torrents e a armazenar os dados numa memória externa" que depois é ligada à máquina. "Isto não se teria transformado num grande negócio se não estivéssemos na Etiópia, um país com um governo alegadamente democrático que tem problemas muito maiores".