São mais de 1.200 partcipantes - com cada vez mais mulheres -  que ao longo dos próximos três dias se juntam no Pavilhão Carlos Lopes para literalmente acampar - mas sem tenda - embrenhados nos bits e bytes da programação em mais um Pixels Camp.

Naquela que é a segunda edição do evento a organização arranjou “mais espaço, mais parceiros, mais developers e maior ambição internacional”, e aproveitou para elevar os desafios da popular maratona de programação “a um outro nível”.

As propostas que terão de ser trabalhadas em 48 horas não stop são este ano lançadas por empresas como a Siemens, Google, Mercedes, Worten, NOS, Galp Microsoft ou Grupo Mello, entre outras, e cobrem áreas desde a mobilidade urbana à saúde.

Passam por pedidos para o desenvolvimento de aplicações, sites ou processos que permitam, por exemplo, conceber uma plataforma para quem partilha bicicletas, um sistema de tratamento de dados para Big Data que respeite a privacidade dos utilizadores, mas também soluções de “próximo nível”, como uma plataforma de inteligência artificial. “Porquê parar na Lua se podemos ir a Marte?”, desafiou Rui Carmo, da Microsoft, a partir do palco principal do Pixels Camp, na cerimónia de arranque do evento.

Este ano a maratona de programação traz uma grande mudança, com uma reformulação do conceito assente na criação de um mercado virtual de empreendedores e inventores, tal como se de um sistema de economia real se tratasse. Vai por isso haver uma criptomoeda digital, a Exposure, e é com base nela que as propostas resultantes serão avaliadas.

Além da hackaton, a agenda do Pixels Camp de 2017 inclui mais de 100 talks de diferentes “pesos-pesados” do sector e também por oradores selecionados entre os participantes - que se podem candidatar a subir ao palco. O evento incluiu também horas e horas de workshops, demonstrações de hardware, impressão 3D e robótica, por exemplo, além de quizes, uma competição de segurança, projeção de filmes, jogos surpresa e até experiências culinárias.

E por falar em culinária, é verdade que os tacos dos tempos do Codebits ficaram para trás, mas o concurso para os mais fortes a aguentar comida picante volta a marcar presença, deste vez sob o desígnio “Dragon’s Breath”.

De resto, espera-se muito networking, mas também diversão pelos lados do Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, até ao próximo sábado, 30 de setembro.