Entre os dias 1 e 2 de dezembro, Manuel Heitor estará a representar Portugal na reunião do Conselho Ministerial da ESA, acompanhado por Paulo Ferrão, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Neste âmbito, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior avança que o Executivo está a preparar o desenvolvimento de uma agência espacial portuguesa e considera que este será “um dos principais desafios em 2017”.

Em declaração à agência Lusa, explica que, ao longo dos últimos 15 anos (desde que se juntou à ESA), Portugal tem procurado aumentar a sua “pegada” na exploração espacial, uma área que cada vez mais atrai igualmente os setores público e privado.

Depois de já ter deixado evidente que está apto a entrar nesta nova “corrida ao Espaço”, Portugal, diz Manuel Heitor, deve aprofundar a sua presença em organizações internacionais que se dedicam à exploração do desconhecido sideral e promover atividades neste âmbito na zona atlântica.

Até ao encontro do Conselho Ministerial, o Governo tinha afirma que iria investir perto de 71,6 milhões de euros na ESA ao longo dos próximos seis anos. Mas parece que a exploração espacial subiu na agenda política e agora esse montante é outro.

No âmbito do reforço da posição de Portugal na exploração espacial, o Governo quer aumentar a quota de participação do país na ESA em 30,5 milhões de euros até 2022. Este valor representa um aumento de 43% comparativamente ao que tinha sido previamente acordado e eleva o montante acima dos 102 milhões de euros.

No novo orçamento, o maior quinhão do investimento será avançado pela FCT, no valor de 80,9 milhões de euros. Segue-se a Anacom com 11,5 milhões, o IAPMEI com 8,55 milhões e o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia e da Inovação com pouco mais de um milhão.

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O Governo diz que o reforço dos compromissos de Portugal para com a ESA vai permitir que as empresas e centros de investigação nacionais possam aceder a novos programas promovidos pela agência europeia, designadamente ao nível da criação de um “porto espacial” e do desenvolvimento de um centro de investigação espacial nos Açores, do aprofundamento da integração de investigadores portugueses em projetos espaciais europeus, e da contribuição tecnológica de Portugal para missões da ESA.

Embora os detalhes sobre este empreendimento sejam escassos, Paulo Ferrão refere que “a viabilidade da criação de uma agência espacial” será “seguramente” estudada no próximo ano.

A ampliação da presença portuguesa na exploração do Espaço está também dependente, segundo consta, da criação do centro de investigação nos Açores, o chamado AIR Center, que pretende transformar o arquipélago no centro nevrálgico da investigação espacial portuguesa.

Recorde-se que, em agosto, foi anunciada a instalação de uma antena da ESA para a monitorização de satélites na ilha de Santa Maria.

No passado dia 23 de novembro, Niels Eldering, da ESA, elogiou o "incrível espírito empreendedor" de Portugal no que toca à investigação espacial. O país alberga um dos 16 centros de incubação de empresas e inovação (o ESA BIC Portugal) que colaboram com a Agência Espacial Europeia.

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