A Associação Nacional de Publicidade norte-americana - ANA -, que concrega empresas como a Coca-Cola, Wall-Mart, Ford e American Express, por exemplo, critiou publicamente a Microsoft pela possível inclusão no Internet Explorer 10 de uma funcionalidade que impede os websites de detetar a atividade online dos visitantes.


Numa carta aberta publicada no seu site, dirigida a Steve Ballmer, a Association of National Advertisers adverte para as consequências negativas que esta funcionalidade poderá ter na eficácia das campanhas publicitárias, aconselhando a Microsoft a, pelo menos, "não colocar por defeito" essa funcionalidade.


"Se a Microsoft avançar com esta funcionalidade por defeito, irá reduzir a eficácia da publicidade dos nossos associados e, como resultado, causar danos sérios na experiência online, ao reduzir os conteúdos disponíveis na Internet com o suporte dessa publicidade" refere a carta da ANA.


Ainda de acordo com os responsáveis desta associação, a utilização desta funcionalidade no Internet Explorer 10 "prejudicará os consumidores, afetará a concorrência e poderá arruinar a inovação e a liderança da América na economia da Internet".


A Microsoft declinou, para já, comentar esta carta aberta. De acordo com a agência Bloomberg, a porta-voz da empresa Jennifer McCarthy remeteu a posição para um artigo de opinião de Rik van der Kooi, vice-presidente da Microsoft para a área da publicidade e edição, publicado em Setembro deste ano na AdWeek.


No artigo, van der Kooi defende a possibilidade de o utilizador poder escolher a forma como pretende navegar na Internet, alegando que esta funcionalidade poderá ser facilmente desligada.


"É nossa perceção que os consumidores querem mais visibilidade sobre a forma como os seus dados são usados" defendeu este responsável no artigo citado, explicando que os mesmos consumidores "começam a ver valor nessa informação - tal como os marketeers já vêm há muito tempo".


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