A empresa de segurança informática Kaspersky revelou os resultados do seu estudo anual sobre cibersegurança e os indicadores não são positivos: 45% dos internautas foram alvo de uma infeção por malware em 2015.

O relatório indica que em 81% dos casos o utilizador ou o seu dispositivo foram impactados de forma negativa e que, do total de internautas infetados, 13% não fazem ideia de como apanharam o vírus online.

Entre os que acreditam saber por que razão foram alvo de um software malicioso, estas foram as causas mais referidas no inquérito: visitar páginas Web suspeitas; pens ou discos rígidos infetados; instalação de aplicação maliciosa que se fazia passar por uma fidedigna; anexos em email e redes sociais; visita a páginas Web legítimas, mas que eram usadas em esquemas de cibercriminosos.

O maior problema relatado pelas vítimas de malware é computador lento - 35% dos casos -, publicidade intrusiva - 30% das respostas - e em 20% dos ataques há registo da instalação de programas indesejados.

O sistema operativo Windows continua a ser ‘rei e senhor’ no que diz respeito à preferência dos cibercriminosos para ataques com malware: 83% dos casos relatados aconteceram com o software da Microsoft. O Android surge na segunda posição com 13% e o Mac OS X da Apple fecha o ‘pódio’ com 6%.

Uma das vertentes de malware que mais tem crescido é o ransomware e para a Kaspersky é fácil de perceber porquê: “É também significativo que em 18,6% dos casos, as vítimas pagaram aos cibercriminosos para desbloquear um dispositivo e 6% fizeram-no para poder desbloquear ficheiros pessoais”, explica em comunicado.

Entre pagamento de ransomware ou enviar o computador para um técnico para recuperar ficheiros e instalar novas versões de software, incluindo os de segurança, as pessoas afetadas que que gastaram dinheiro tiveram de investir em média 140 euros para verem os seus equipamentos totalmente recuperados.

O estudo da Kaspersky foi feito em parceria com a empresa B2B International. Foram entrevistadas 12.355 pessoas a partir dos 16 anos em 26 países.