É um dos temas incontornáveis do momento e está entre os mais discutidos no Web Summit que decorre em Lisboa. Os veículos autónomos estão por todo o lado – ainda não literalmente, é verdade, mas a ideia já é familiar.

E o conceito vai mesmo materializar-se, garantiram responsáveis de empresas como a General Motors, a Aston Martin ou a MyTaxi no Palco Tech – Robot. Não para todos, ou pelo menos não à mesma velocidade em todo o lado, e com diferentes cenários. Com isto as fabricantes automóveis têm o seu negócio de milhares de milhões em risco? No sentido do modelo tradicional, provavelmente sim, mas vem aí novos modelos de negócio.

São a conveniência e o custo que vão liderar esta tendência da mobilidade partilhada, a par da maior flexibilidade trazida a toda a rede de transportes, considera Andrew Pinnington, CEO da My Taxi.

Com várias alternativas ao seu dispor, muita gente não vai sentir necessidade de ter um carro, nomeadamente os mais jovens, admite Simon Sproule, Chief Marketing Officer da Aston Martin, que acredita contudo que vamos ter “um pouco de tudo”. No meio destas realidades mistas, alguns vão continuar a sentir vontade de “ter um carro à disposição sempre que quiserem usá-lo”.

A ideia tinha sido partilhada antes por Johan de Nysschen, presidente da Cadillac, no mesmo palco, numa conversa sobre autonomia, conectividade e eletrificação em carros de luxo. “Ainda vai levar algum tempo até que o conceito de mobilidade partilhada e carros autónomos seja uma realidade”.

E quando tivermos carros completamente autónomos, que nos vão buscar a qualquer sítio e deixar-nos em qualquer lugar, as pessoas não vão ter de necessariamente ter de ter viatura própria. “Mas vamos ter novos modelos de negócio que vão permitir alternavas de receita às fabricantes”, considera. A mobilidade partilhada e a condução autónoma criam oportunidades, defende, “não são só desvantagens”.

É ponto assente que a indústria automóvel vai passar por uma transformação. “Vamos ter uma grande mudança pela frente”, admitiu Simon Sproule, “vamos ter de reinventar-nos”.

O CMO da Aston Martin considera que é necessário encontrar “um modelo atrativo para todos, mas acho que a indústria automóvel ainda não está a ver muito bem como”.

Para o CEO da MyTaxi, o segredo vai estar na relação com o cliente. De resto, “as fabricantes vão continuar a ser fabricantes, mas a proveniência das receitas está centrada nos serviços”. Neste campo as parcerias com outras empresas, e acima de tudo, com as tecnológicas, também vão ser muito importantes.

E neste choque de titãs quem vai mandar nos carros do futuro? “Ainda não sabemos se são as fabricantes se são as tecnológicas. Ainda não está definido. Provavelmente, mais uma vez teremos segmentação e diferentes cenários.

Acompanhe todas as novidades do Web Summit com o TeK e veja ainda as fotografias captadas pela equipa do TeK, em reportagem “ao vivo”, a partir do Meo Arena e da FIL em Lisboa.


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